Mundo

Trump ignora críticas e mantém padrões de contaminação da era Obama

A Agência de Proteção Ambiental (EPA) do governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (13) que irá manter os padrões de contaminação atmosférica por ozônio nos Estados Unidos estabelecidos em 2015 pelo governo de Barack Obama, apesar das críticas recebidas de associações que consideram a norma pouco rigorosa.

"A EPA propõe a manutenção dos padrões atuais de ozônio sem alterações", disse o chefe da agência, Andrew Wheeler, em entrevista coletiva. O padrão foi estabelecido em 70 partes por bilhão (ppb) ao nível do solo, como parte de um acordo entre a associação de proteção da saúde, ambientalistas e indústrias. O governo Obama considerou este nível suficientemente protetor.

O ozônio é o componente principal do "smog", nevoeiro com poluição que encobre com regularidade cidades como Los Angeles. O gás é prejudicial a pessoas que sofrem de asma e a crianças, cujos pulmões ainda estão em formação. Já na atmosfera, a camada de ozônio é benéfica, uma vez que filtra a radiação ultravioleta.

A lei americana que regula as emissões atmosféricas, Lei do Ar Limpo, demanda que o governo revise a norma a cada cinco anos, baseando-se em considerações sanitárias e com "uma margem de segurança adequada".

Ativistas, principalmente a Associação Americana do Pulmão, fizeram campanha para que a norma fosse ajustada para 60 ppb. "Estamos decepcionados, ignoram incontáveis evidências médicas que mostram que seria necessário um padrão mais baixo para proteger a saúde dos americanos", disse à AFP Paul Billings, da Associação do Pulmão.

Andrew Wheeler afirmou que as concentrações de ozônio no país caíram 4% entre 2017 e 2019.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...