Após os tuítes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serem considerados pela plataforma digital Twitter como “potencialmente enganosos”, a guerra travada entre o líder norte-americano e as redes sociais já indicam consequências e atos de represália. De acordo com a declaração de uma porta-voz da Casa Branca, Trump tenciona assinar nesta quinta-feira (28) uma ordem executiva sobre as mídias sociais.
Apesar dos pormenores oficiais sobre o conteúdo da ordem executiva não terem sido divulgados, é provável que seja uma nova medida de regulação. Segundo noticiado pelo jornal The Washington Post, será uma ordem que planeja provocar nos reguladores repensarem o alcance da Lei da Decência nas Comunicações, sancionada em 1996, que disponibiliza às plataformas online proteção essencial contra a responsabilidade pelo conteúdo postado por seus usuários.
Na última quarta-feira, o CEO do Twitter, Jack Dorsey, rebateu as críticas dirigidas aos executivos da rede social. "Por favor, deixe nossos funcionários fora disso. Continuaremos a apontar informações incorretas ou controversas sobre as eleições em todo o mundo. E nós admitiremos os erros que cometermos", tuitou Dorsey.
Especialistas avaliam que a atuação de Donald Trump neste contexto destaca como as tensões e conflitos das relações entre algumas das maiores empresas de mídia social e os conservadores estão endurecendo em meio a seus esforços para reprimir a desinformação. Em contrapartida, o Twitter e outras redes sociais já negaram diversas vezes que suprimem o discurso conservador em suas plataformas, como sugestionou o presidente.
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