Diplomacia da UE prevê que China será o centro do poder mundial

Segundo declaração do Chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Josep Borrell, o cenário do mundo aponta fortemente que a China irá se tornar o novo centro do poder global. O anúncio realizado hoje na videoconferência com os embaixadores alemães relatou que "os analistas falam há muito sobre o fim de um sistema liderado pelos Estados Unidos e o inicio de um século asiático. E isso agora está ocorrendo diante de nossos olhos".

O comunicado foi publicado no jornal de Hong Kong South China Morning Post e demonstra que Borrell considera e constata que a pandemia precisa ser vista como um provável ponto de guinada na mudança de poder do Ocidente para o Oriente e que para a UE a "pressão para escolher um dos lados está crescendo".

Para o chefe da diplomacia da EU, o bloco de 27 nações “deve seguir seus próprios interesses e valores e evitar ser operacionalizado por um ou outro”. Josep Borrell reconhece que o crescimento da China é "impressionante" e afirmou que as relações entre Bruxelas e Pequim "nem sempre foram baseadas na confiança, transparência e reciprocidade". “Só temos uma chance se lidarmos com a China com disciplina coletiva. E que a próxima cúpula EU - China neste outono pode ser uma oportunidade para fazê-lo. Precisamos de uma estratégia mais robusta para a China, o que também requer melhores relações com o resto da Ásia democrática", acrescentou

Além disso, na conferência o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, também reiterou o apelo já feito anteriormente por Borrell sobre haver mais transparência da potência asiática em referência à política de informação de Pequim durante os primeiros estágios do surto da Covid-19. Em julho, a Alemanha é a nação que assumirá a presidência rotativa de seis meses da União Européia.