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Pernambucanos contam rotina no Canadá após novo coronavírus

Danúbia e Danilo contam os impactos do corona no Canadá. Foto: Acervo Pessoal

“Como a província de Colúmbia Britânica está em estado de emergência, muitos estabelecimentos comerciais estão fechados. Restaurantes, cafeterias, lanchonetes de redes de fast food, entre outros pontos conhecidos por aglomerar muitas pessoas, estão de portas fechadas para consumo interno. Eles podem funcionar apenas em sistema de entregas ou se o consumidor quiser comprar para levar para viagem. Os shopping centers continuam abertos, mas com horário de funcionamento reduzido.

Desde o dia 17 de março, Danúbia e eu começamos a quarentena e passamos o dia todo em casa. No dia 16, a empresa que ela trabalha, uma atração turística local, fechou por tempo indeterminado, até que as coisas voltem à normalidade. Todos os funcionários da empresa foram colocados em layoff porque a atração turística não podia se manter aberta. Eu já estava sem trabalhar há algum tempo porque estou esperando a extensão do meu visto.


Portanto, estamos dando entrada no seguro-desemprego daqui do governo federal, além de outros benefícios anunciados pelo governo de Colúmbia Britânica. O seguro-desemprego tem o teto de 573 dólares canadenses por semana, por pessoa. Mas o montante que cada pessoa vai receber será analisado pelo governo federal. Outro benefício anunciado é para os donos de imóveis alugados, que receberão 500 dólares do governo. Isso afeta a gente porque provavelmente nosso aluguel deve ficar 500 dólares mais barato por um período. Também há outros benefícios financeiros emergenciais, mas ainda estamos esperando mais detalhes para saber se nos encaixamos.

Na última quarta-feira, precisei ir ao centro da cidade para doar sangue. Aproveitei para andar um pouco por lá para ver como estava a movimentação. Não está tão deserto assim, como imaginei. Vi muitos carros ainda na rua, ônibus, mas percebi que a movimentação é muito menor do que o normal. Uma das principais ruas de compras daqui, a Robson Street, estava deserta. Algumas lojas de roupas estavam abertas, mas com pouquíssimas pessoas.

Na English Bay, uma das praias mais movimentadas daqui, não havia quase ninguém na areia. A pista de cooper tinha mais gente aproveitando para caminhar ou correr, mas havia várias placas pedindo paras pessoas manterem distanciamento de dois metros. O que pude perceber é que as pessoas não deixaram de sair para curtir a cidade, mas estão respeitando as orientações das autoridades”.

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