Trata-se do pronunciamento mais importante do ano, em que o presidente elenca as prioridades do ano, na presença dos Congressistas, de integrantes do Supremo Tribunal de Justiça e de todos os ministros.
Espera-se que Fernández apresente as primeiras medidas econômicas para enfrentar a crise, explique em que pé estão as negociações da dívida com o FMI e trate de outros temas sociais que estão no centro de sua agenda, como o combate à pobreza, um novo tratamento legislativo da lei do aborto e outros temas.
Na quinta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro havia dito que se encontraria com Fernández em Montevidéu, depois de receber o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá.
Segundo interlocutores, o chanceler viajou a Brasília para transmitir a mensagem ao governo brasileiro de que Fernández é moderado e que não comunga das ideias da esquerda radical.
Na primeira rodada de reuniões de alto nível entre os governos, Solá prometeu que seu país não será "uma trava" para as negociações de acordos comerciais do Mercosul.
O objetivo era tentar superar o clima de desconfiança que rege as relações entre os dois países desde a campanha eleitoral argentina, marcada por trocas de críticas entre Bolsonaro e Fernández, cuja vice é a ex-presidente Cristina Kirchner.
Na época, o presidente brasileiro chegou a expor sua preferência pela reeleição do liberal Mauricio Macri. Apesar de não ir a Montevidéu para a posse, Fernández afirmou na entrevista à TV que está combinando uma visita a Lacalle Pou nas próximas semanas.
Já o uruguaio declarou que não vai convidar para a cerimônia o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, o da Nicarágua, Daniel Ortega, e o dirigente cubano, Miguel Díaz-Canel.