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Assassinato

Matadores de aluguel terceirizam trabalho e acabam presos na China; entenda

Publicado em: 24/10/2019 22:58

A história começou em 2016, quando Tan Youshi, empresário chinês, decidiu contratar um matador de aluguel para eliminar o rival Wei Mou ((foto: Reprodução/Tribunal Popular Intermediário de Nanning))
A história começou em 2016, quando Tan Youshi, empresário chinês, decidiu contratar um matador de aluguel para eliminar o rival Wei Mou ((foto: Reprodução/Tribunal Popular Intermediário de Nanning))
Para matar Wei, Tan contratou Xi, que contratou Mo, que contratou Yang, que contratou outro Yang, que contratou Ling, que não matou ninguém. E todos foram presos, com exceção de Wei, claro.

Esse é o resumo de uma história que chocou — e confundiu — os chineses e chegou ao fim na semana passada, quando o Tribunal Popular Intermediário da cidade de Nanning condenou seis pessoas pela tentativa de homicídio doloso do empresário Wei Mou.

A história começou em 2016, quando Tan Youshi, empresário chinês, decidiu contratar um matador de aluguel para eliminar o rival Wei Mou. Para isso, buscou os serviços de Xi Guagan, oferecendo a ele o equivalente a US$ 280 mil.

Xi, aparentemente, não quis realizar o serviço e decidiu "terceirizar" o assassinato, oferecendo US$ 148 mil a Mo Tianxiang para cometer o crime em seu lugar. O surpreendente foi que Mo fez o mesmo, contratando Yang Kangsheng, que, por sua vez, teve a mesma ideia e contratou Yang Guangsheng, que imitou os outros três e contratou Ling Xiansi. 

Ling interrompeu a cadeia de terceirização, mas não concretizou o crime. Em vez disso, levou uma proposta à vítima. Escreveu uma carta a Wei Mou na qual marcava um encontro para contar sobre os planos de assassiná-lo e propôs uma simulação: Wei posaria para fotos amordaçado e vendado para que Ling recebesse o pagamento prometido.

Sexteto denunciado
O alvo do complô fingiu concordar com o plano, mas, assim que pôde, procurou a polícia e contou o risco que havia corrido. As investigações começaram em 2016 e, em um primeiro julgamento, os acusados forma absolvidos por falta de provas. 

Os promotores do caso recorreram à Justiça e, em um segundo julgamento, no último dia 17, conseguiu a condenação dos cinco matadores de aluguel e do mandante do crime, por tentativa de homicídio doloso. 

Em nota, o Tribunal Popular Intermediário de Nanning considerou que, "de acordo com os fatos, natureza, enredo e dano social causado pelas seis pessoas mencionadas, o julgamento foi feito de acordo com a lei".
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