REDE SOCIAL
Facebook descobre campanha de desinformação russa dirigida a países africanos
Por: AFP
Publicado em: 30/10/2019 14:57
Reprodução/Pixabay |
A rede social Facebook anunciou nesta quarta-feira (30) que desativou várias contas vinculadas a um aliado do presidente russo, Vladimir Putin, orientadas a lançar uma campanha de desinformação dirigida a oito países africanos.
As operações, escondidas por identidades falsas, estavam vinculadas ao empresário Yevgeny Prigozhin, que foi acusado nos Estados Unidos por vínculos com a campanha para interferir nas eleições presidenciais de 2016.
"Cada uma dessas operações criou redes de contas para confundir outros sobre quem eram e o que estavam fazendo", disse em um comunicado o chefe de cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher.
As contas criadas na Rússia estavam orientadas a Madagascar, República Centro-africana, Moçambique, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Camarões, Sudão e Líbia, indicou o Facebook.
Este anúncio é o mais recente de uma campanha lançada pelo Facebook para frear a influência estrangeira nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
A empresa descreveu três operações em separado, que apontam tanto a usuários do Facebook quanto do Instagram.
No total, a rede social eliminou 35 contas, 53 páginas, sete grupos e cinco contas de Instagram.
"Estamos trabalhando constantemente para detectar e deter este tipo de atividade porque não queremos que nossos serviços sejam usados para manipular as pessoas", disse Gleicher.
Pesquisadores da Universidade de Stanford que trabalharam paralelamente com o Facebook na investigação disseram que algumas das contas eram do grupo russo Wagner, uma empresa acusada de fornecer mercenários e que seria financiada por Prigojin. Paramilitares desse grupo teriam sido vistos em Síria, Ucrânia, Líbia, República Centro-africana, Moçambique, Sudão e Madagascar.
Eles acrescentaram que a operação parece fazer parte de uma "estratégia global da Rússia" para se reafirmar como uma "superpotência geopolítica" e ocorre depois da mobilização de grupos paramilitares russos na Líbia e na República Centro-africana.
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