O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu nesta quarta-feira (8) para uma possível "escalada militar" a partir da Colômbia, após denúncias do país vizinho sobre a presença de mil guerrilheiros do ELN no território venezuelano e de uma violação de sua soberania.
"Há uma escalada de declarações que pode terminar em uma escalada militar na fronteira entre estas forças criminais da Colômbia contra a Venezuela".
"Determinei a adoção de medidas especiais de precaução na fronteira. A todas as unidades militares da fronteira, alerta máximo", disse Maduro, sem especificar as providências.
De Bogotá "nos acusam [...] para justificar algum conflito militar, quando é o contrário: a Venezuela é que é atacada a partir da Colômbia".
"Tudo faz parte de um plano miserável de [presidente da Colômbia] Iván Duque, que levado pelo governo de Donald Trump coloca a Colômbia a serviço da agressão contra sua irmã Venezuela", declarou Maduro.
Nesta quarta-feira, o general Luis Fernando Navarro, comandante das Forças Militares da Colômbia, revelou que ao menos 1.100 membros da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), cerca de 45% dos combatentes desse grupo colombiano guevarista, estão refugiados na Venezuela.
Navarro garantiu que entre os rebeldes que se refugiam no país vizinho, com o qual a Colômbia compartilha uma porosa fronteira de 2.200 km, há membros do Comando Central (Coce), o órgão de comando do ELN e de seu Estado-Maior.
A chancelaria colombiana também denunciou nesta quarta-feira a incursão de 30 militares venezuelanos em seu território.
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