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Conheça o Akita, o cão japonês que conquistou os corações estrangeiros

Nos últimos anos, o número de proprietários estrangeiros desses cães disparou, superando inclusive a demanda nacional

Cão da raça akita, em 3 de abril de 2018, no Japão. Foto: Behrouz Mehri/AFP

Nos últimos anos, o número de proprietários estrangeiros desses cães disparou, superando inclusive a demanda nacional. Essa raça, semelhante aos huskies vermelhos, adquiriu ainda mais fama no início do ano, quando Zagitova proclamou seu amor por ela depois de ter visto akitas enquanto treinava no Japão. Autoridades locais prometeram lhe dar um. Esse entusiasmo não surpreende Osamu Yamaguchi, de 64 anos, criador de akitas em Takasaki, na região de Gunma, a noroeste de Tóquio.

Akita de um mês de idade. Foto: Behrouz Mehri/AFP

Criador Osamu Yamaguchi passeia com um de seus cães. Foto: Behrouz Mehri/AFP

Todos os japoneses conhecem a história real de Hachiko, um akita que, na década de 1920, esperava todos os dias que seu dono voltasse do trabalho na estação de Shibuya, em Tóquio. Um dia, seu mestre morreu durante uma de suas aulas na Universidade Imperial de Tóquio, mas o cachorro ficou esperando por ele em frente à estação por dez anos. Hoje há uma estátua de Hachiko em Shibuya e sua história inspirou o filme "Sempre a seu lado" (2009), com Richard Gere no papel de professor.

"A raça akita se tornou muito popular em todo o mundo depois desse filme", explica Kosuke Kawakita, que criou mais de 30 cães em cerca de 60 anos. O governador da região de Akita deu um para o presidente russo Vladimir Putin. E na China, a demanda é tão alta que as lojas vendem "akitas falsos", falsificando certificados de pedigree, acrescenta Kawakita. Osamu Yamaguchi espera que o Japão continue a criar akitas, apesar do menor interesse dos habitantes do arquipélago. Ele está preocupado que esta raça desapareça "se o seu país de origem parar de produzi-las". 

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