Os outros oito integrantes do grupo morreram, seis deles abatidos pela polícia e dois em uma explosão acidental em uma casa de Alcanar (200 km ao sul de Barcelona), onde o grupo fabricava explosivos para os atentados.
Os detidos, Driss Oukabir, Mohammed Aallaa, Mohamed Houli Chemlal e Salh El Karib, foram levados em camburões da Guarda Civil escoltado por inúmeros carros da polícia, segundo a AFPTV.
O juiz Fernando Andreu, depois dos interrogatórios, deve determinar que acusações apresentará contra eles pelos atentados reivindicados pelo grupo Estado Islámico.
Ligações
Alvo de uma intensa busca desde quinta-feira, Abouyaaqoub, de 22 anos, morreu 50 km a oeste da capital catalã, em uma área de vinhedos pouco povoada, onde foi visto por dois policiais que passavam por uma estação de trem.
Quando foi confrontado, o suspeito "abriu o casaco e parecia usar um cinturão de explosivos, que eram falsos", relatou o delegado-chefe da polícia catalã, Josep Lluis Trapero.
Homenagens
Na cidade catalã, a mais turística da Espanha, as homenagens às vítimas se multiplicaram, com altares improvisados, flores e velas ao longo de Las Ramblas.
A Espanha não vivia um episódio parecido desde março de 2004, quando uma série de bombas explodiram em trens em Madri, deixando 191 mortos, em um ataque reivindicado pela Al-Qaeda.
Na véspera, centenas de muçulmanos se manifestaram em repúdio ao terrorismo. "Somos muçulmanos, não terroristas", lia-se em um de seus cartazes.
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, fez um chamado à unidade, em um contexto de divisão entre Madri e Barcelona por conta do desejo do governo catalão de se separar, tendo como objetivo organizar um referendo sobre a independência em 1º de outubro.
"Se queremos ser verdadeiramente eficazes contra o terrorismo, precisamos estar unidos", escreveu Rajoy em um editorial publicado em jornais espanhóis, antes de reunirem todos os partidos políticos em Madri para mostrar uma condenação unânime ao terrorismo.
Quatro dias após os ataques, as 15 vítimas fatais, sete mulheres e oito homens, foram identificados: cinco espanhóis, entre eles uma criança de três anos, um hispano-argentino, três italianos, dois portugueses, um belga, um americano, um canadense e um menino australiano-britânico de sete anos.