A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tachou nesta segunda-feira de "violência racista ultradireitista" o ataque ocorrido na manifestação de supremacistas brancos nos Estados Unidos e afirmou que "é preciso agir com total contundência" e "se pronunciar com clareza", quanto a este tipo de incidente.
Foi algo "horrível" e "mau", disse Merkel em uma entrevista à televisão pública "Phoenix", onde expressou suas condolências aos familiares da mulher morta em Charlottesville (Virgínia), quando um carro avançou sobre as pessoas que protestavam contra os supremacistas.
A chanceler evitou comentar a reação do presidente dos EUA, Donald Trump, argumentando que o que já havia dito era o suficiente.
No entanto, advertiu que antes de "apontar" para os outros convém olhar "o que ocorre em sua casa", lembrou que a Alemanha tem seus próprios problemas com a extrema-direita e que o Conselho Central dos Judeus da Alemanha vinha avisando sobre o crescente antissemitismo no país.
Merkel disse que os EUA são uma "democracia viva", onde há controvérsia política em diferentes manifestações, e insistiu na necessidade de condenar as "formas de violência agressiva" como a registrada na Virgínia.
Por sua vez, o ministro da Justiça da Alemanha, o social democrata Heiko Maas, criticou abertamente a reação de Trump, que qualificou de "lamentável" e "pouco decidida".
Para Maas, o presidente americano "evitou" uma firme condenação aos ultradireitistas, e "todos os democratas deveriam encontrar palavras claras contra o racismo".
"Quem não mostra uma postura clara, tem que aguentar as críticas de estar inclusive incentivando os neonazistas", acrescentou.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...