Mundo

Arábia Saudita arcará com custos humanitários do conflito no Iêmen

ONU e seus parceiros humanitários pediram uma ajuda urgente de cerca de 274 milhões de dólares para atender às necessidades vitais das 7,5 milhões de pessoas afetadas pelo conflito

Iementita do Comitê de Resistência Popular leal ao presidente Hadi monitora uma rua durante confronto com rebeldes xiitas huthi. Foto: AFP/Arquivos TAHA SALEH

Pelo menos 27 pessoas morreram na madrugada deste sábado em Taez (sudoeste), terceira maior cidade do país, em confrontos entre as forças leais ao governo e rebeldes xiitas huthis, apoiados pelo Irã, assim como pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos sauditas - informaram fontes médicas.

A luta foi concentrada no sul, onde os rebeldes xiitas huthis, junto a soldados leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, tentam tomar o controle de todo o país depois que tomaram a capital, Sanaa, e grandes áreas.

Antes de seu avanço em direção ao sul, o presidente, Abd Rabo Mansour Hadi, fugiu de seu refúgio em Áden para o exílio na Arábia Saudita, que em 26 de março lançou uma operação militar à frente de uma coalizão árabe contra os rebeldes e seus aliados.

Neste contexto, a ONU e seus parceiros humanitários pediram ontem (17) uma ajuda urgente de cerca de 274 milhões de dólares para atender às necessidades vitais das 7,5 milhões de pessoas afetadas pelo conflito.

A resposta veio rapidamente de Riade, onde o rei Salman bin Abdul Aziz anunciou que ele seria o responsável por todo o montante reclamado pela ONU.

O reino "está ao lado do povo irmão iemenita" e espera "a restauração da segurança e da estabilidade" no país, informou o gabinete real em comunicado.

A Arábia Saudita reafirmou sua intenção de continuar a operação militar, apesar dos apelos do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para "um cessar-fogo imediato".

"Precisamos de paciência e perseverança. Nós não temos pressa", repetiu ontem um porta-voz da coalizão, o general saudita Ahmed Asiri, durante coletiva de imprensa diária em Riade.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...