Moda

A moda sem frescura do recifense Caio Braz

"Eu era bem podre. 'Cafonérrimo'. Bem playboy. Eu me vestia de forma desinteressada para ser aceito", revela o consultor de moda em entrevista ao Diario

"Não tem esse papo de que homem não poder usar camisa rosa. Olhe pra frente! Se desprenda dos preconceitos", declara o fashionista. Foto: Caio Braz/Divulgação

“Quando olho para as fotos, me arrependo até do que usei ontem. Uma vez deixei o cabelo crescer e ficou horrível. Eu não quero estar sempre gato. Quero estar diferente!”, conta aos risos, o artista, repórter televisivo, fashionista e consultor de moda, Caio Braz. O recifense de sotaque arrojado teve seu primeiro contato com a moda através da sua mãe que é estilista, Dona Lúcia Nunes. Mas foi aos 20 e poucos anos, que o pernambucano mergulhou numa aventura fashion. “Eu era bem podre. 'Cafonérrimo'. Bem playboy. Eu me vestia de forma desinteressada para ser aceito. Hoje tenho um estilo esportivo, urbano e gosto de experimentar formas e cores diferentes”, pontua.

Formado em publicidade, Caio, hoje com 30 anos, foi selecionado em 2009, no concurso Sunga Boy, que buscava encontrar alguém que topasse colocar uma sunga vermelha e viajar pelo mundo. Depois disso, trabalhou na TV Brasil e iniciou sua carreira na internet como Tarsila Marinho, uma it girl que fazia uma sátira do mundo da moda e dos blogs. Há cinco anos ao ver a personagem na web, a apresentadora do GNT Fashion, Lilian Pacce, o convidou para o programa, onde o stylist ganhou visibilidade nacional por suas entrevistas descontraídas e por falar sobre moda masculina sem firulas. Além de trabalhar no canal fechado, o consultor de moda tem um portal de lifestyle e um canal no Youtube, onde fala sobre assuntos diversos e apresenta as séries Oficina do Braz com tutoriais de customização e Roupa de Homem que aborda temas sobre moda e estilo.

Com um closet invejável com mais de 500 peças, o atual vício de Caio são os tênis brancos. Foto: Caio Braz/Divulgação

Com um closet invejável com mais de 500 peças, o estilista não se considera consumista. “Eu compro pouco e ganho muita coisa. Gosto apenas do consumo de experiência. Olha que é bom ser meu amigo, a cada duas semanas faço uma limpeza no meu guarda-roupa para separar peças para doações”, brinca. Segundo o consultor de estilo, seu maior vício é o tênis branco que já passa dos 100 pares e chapéus. “Quando viajo, o chapéu já vai na cabeça ou amarrado na mochila. Esse assessório dá um ar de férias. Amo!”, conta.

Embora, Caio goste de se divertir com a moda, ele não se acha vaidoso ao extremo. “A minha maior vaidade é com meus dentes, pois usei aparelho por muito tempo. Também adoro experimentar as últimas novidades no meu cabelo. Recentemente até raspei as laterais, cortei uma franja no meio da testa e tirei a barba, seguindo a estética russa que, em breve, vai cair no gosto popular”, opina.

Caio usa as redes sociais para lançar suas tendências de estilo. Fotos: Instagram/@caiobraz/Reprodução

>> FAST FASHION COM CAIO BRAZ

Um livro – Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro.

Filme – Aquarius.

Look predileto – Todo branco.

Lugar – São Miguel dos Milagres, Alagoas.

Recife – Meu orgulho. Meu porto seguro.

Corrida – Me faz sentir extremamente bem. Estou viciado.

Ícones da moda masculina – O jovem alfaiate Alexandre Won que faz ternos sob medida e de forma artesanal para várias personalidades daqui do Brasil e o russo Gosha Rubchinskiy, que se utiliza da estética que mistura a velha União Soviética, sua reação ao capitalismo pós 1991 e a descoberta das influências do resto do mundo.

Um conselho – Não tem esse papo de que homem não poder usar camisa rosa. Olhe pra frente! Se desprenda dos preconceitos. Experimente. Sua masculinidade não está presa a isso.

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