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Unicap investe em formato escola para cursos da área de saúde

Publicado em: 14/09/2021 09:22

 (Foto: Unicap / Divulgação)
Foto: Unicap / Divulgação
A Universidade Católica de Pernambuco vem investindo, no último ano, no formato escola como forma de gestão, substituindo os chamados Centros, que eram formados pelos cursos de graduação e pelos projetos de extensão. Um método inovador entre as instituições do estado, que estimula o intercâmbio entre alunos de uma mesma área para maior entrosamento e parceria, visando a construção de profissionais mais capacitados. Na área de saúde não foi diferente, a Escola de Saúde e Ciências da Vida da Unicap é um exemplo de resultado em que alunos de diversos cursos de graduação podem trocar experiências entre si e com alunos da pós-graduação. Ela é formada por cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Medicina, Nutrição, Psicologia, Ciências Biológicas (Bacharelado) e Farmácia. A Escola não tem cursos de graduação no formato EAD, mas está nos planos de ações futuras.

Outro ponto a se destacar no formato escola é a parceria com instituições estrangeiras. Principalmente para medicina e psicologia, a Unicap já conseguiu organizar o intercâmbio de alunos que realizaram estágios em países como Austrália e Peru, por exemplo. Embora sejam ações pontuais, o aluno interessado em praticar seu conhecimento junto a outras culturas recebe apoio da Universidade Católica de Pernambuco.

“O fluxo de professores que vão ao exterior e trocam conhecimento com outras instituições internacionais também vem aumentando”, ressalta o diretor Luiz Vital Cunha.

A Escola de Saúde e Ciências da Vida hoje conta com mais de 1.700 alunos da graduação e pós-graduação e seu corpo docente é formado por 150 professores empenhados no ensino, pesquisa e extensão. Na terceira semana de agosto, foi iniciado um novo período letivo, contando com novos ingressantes. O formato escola é recente na Unicap, mas já vem sendo planejado há algum tempo. A implantação das escolas começou gradativamente, antes da pandemia, e vem se consolidando. “Tudo foi muito bem pensado e está em plena construção e, quando os alunos voltarem a ocupar os espaços físicos da Unicap, vão perceber essas mudanças, com processos mais integrados, todos mais próximos e mais presentes em prol da educação”, contou Luiz Vital.

Com o formato escola, é possível fazer a junção da graduação com a pesquisa, com pós-graduação e extensão, todos em um só lugar, circulando pelo campus e interagindo. “Quando pensávamos em projetos de extensão ou de pesquisa, por exemplo, anteriormente os projetos eram pensados no âmbito do curso. Hoje, é possível considerar um conjunto, com a participação de todos os cursos. Isso mostra a integração e traz experiências dos diversos olhares de docentes que atuam na pesquisa, interagindo com aqueles que atuam somente na graduação. Isso é interessante para o estudante, pois ele passa a ter essa formação única e mais completa em um só lugar”, completa o diretor.

TECNOLOGIA
Diversos recursos tecnológicos estão sendo usados para que as aulas remotas aconteçam em tempo real, com participação de todas as turmas da Escola. A Unicap mantém o relacionamento de forma remota entre professores, funcionários e alunos, para esclarecer dúvidas.

“Usamos as tecnologias para manter a aulas à distância em ambiente virtual, mas não somos ensino à distância. Todas as aulas acontecem ao vivo, nos horários convencionais e com participação dos alunos e professores. No curso de medicina, as aulas presenciais são indispensáveis, mas também já iniciamos os trabalhos com aulas práticas no campus, além das aulas remotas com recursos da tecnologia da informação e da comunicação”, explicou Vital.

O avanço da pandemia do coronavírus adiantou o processo tecnológico remoto das universidades e na Escola de Saúde e Ciências da Vida não foi diferente. “Tivemos muitas dificuldades no início. Precisamos interromper, de uma hora para outra, uma dinâmica já consolidada de aulas presenciais e tivemos que nos organizar e preparar para nos familiarizar com o ambiente remoto. Foi difícil pedagogicamente, mas necessário para garantir a segurança de todos”, contou. Hoje, tanto o corpo docente quanto os alunos já estão completamente por dentro das tecnologias remotas e a comunicação e o ensino flui de maneira excelente.

Já no curso de Medicina, algumas alterações foram necessárias. Como ele exige aulas práticas, que são essenciais para a formação da graduação, a Escola de Saúde e Ciências da Vida passou por pequenas reformas de ampliação nos laboratórios para acomodar todos os alunos, com distanciamento e protocolos necessários.

“Um ambiente mais seguro foi criado com o fornecimento de EPIs e garantia de mais espaços para manter o distanciamento”, completa Vital.

A Escola ainda formou três turmas de medicina durante a pandemia e garantiu que esses novos médicos já ingressassem no mercado de trabalho. Com isso, eles puderam auxiliar os antigos profissionais no combate à Covid-19 e tratamento de pacientes, na linha de frente em hospitais.

Os estágios, que acontecem nos centros de saúde e hospitais parceiros nos últimos dois anos do curso, foram mantidos e permitiram aos alunos de enfermagem e medicina experiências únicas e ganho educacional.
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