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ELEVAÇÃO

Dieese registra aumento na cesta básica recifense pelo quinto mês consecutivo

Por: Iris Costa

Publicado em: 05/08/2021 17:58

 (Foto: Agência Brasil)
Foto: Agência Brasil

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica recifense atingiu o quinto mês consecutivo de alta. No mês de julho, o valor médio da cesta na capital Pernambucana foi de R$ 487,60, uma elevação de 0,76%, R$ 3,68 em relação ao mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, Recife é a capital com menor alta (11,81%) entre as 17 capitais pesquisadas.

Seis entre os doze que produtos que compõem a cesta básica recifense apresentaram elevação nos preços médios no em relação a junho, foram eles: banana (4,18%), açúcar (3,16%), óleo de soja (1,83%), arroz (1,45%), carne (1,32%) e pão francês (0,19%. Apenas cinco produtos puxaram o valor do conjunto para baixo: tomate (-1,17%), farinha de mandioca (-0,68%), manteiga (-0,57%), feijão (0,36%) e café (-0,18%).

Mesmo com consecutivas altas, a cesta do Recife ainda é a terceira mais barata do país, segundo o Dieese. A cesta básica mais cara foi registrada em Porto Alegre (R$ 656,92), seguida por Florianópolis (R$ 654,43), São Paulo (R$ 640,51) e Rio de Janeiro (R$ 621,34). Entre as 17 capitais pesquisadas, as que registraram menor custo foram Aracaju (R$ 488,42), Recife (R$ 487,60) e Salvador (R$ 482,58). 

Na capital pernambucana, a jornada de trabalho necessária para comprar o conjunto de itens básicos é de 97 horas e 31 minutos. Já o percentual do salário mínimo líquido gasto para comprar a cesta básica para uma pessoa adulta é de 47,92%. Na variação em 12 meses, a cesta recifense subiu R$ 48,62. Em 2021 a variação foi de 3,10%, resultando em um acréscimo de R$ 14,53 até o momento.

Procon também registra aumento nos preços
O Procon Pernambuco, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), registrou que a cesta passou de R$ 535,87, em junho, para R$ 545,54 em julho, impactando um percentual de 49,59% sobre o salário mínimo do consumidor. Diferente do Dieese, o Procon analisa 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal. 

Foi constatado que 19 entre os 27 itens subiram de valor. As maiores altas foram registradas com o quilo do frango inteiro, que passou de R$ 6,25 para R$ 8,20 (27,84%); e o quilo da salsicha, que passou de R$ 6,25 para R$ 8,20 (17,99%). Na parte da limpeza doméstica, o sabão em barra teve um aumento de 12,27%. O pacote com 5 unidades passou de R$ 4,89 para R,49. Seis produtos apresentaram uma baixa no preço, um dos alimentos que mais caiu foi a cebola. O valor em junho era de R$ 2,09, agora o quilo da cebola pode ser comprado por R$ 1,89, uma queda de 9,57%.

O levantamento, que se encontra no site disponível para a população, também indica a diferença de preço de um estabelecimento para o outro. O pacote de absorvente higiênico, por exemplo, com oito unidades, em um estabelecimento pode ser comprado por R$ 1,29 e em outro por 6,09, uma diferença de 372,09%. 

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