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CENÁRIO

Especialista fala sobre como proceder com investimentos em 2021

Publicado em: 14/01/2021 19:06 | Atualizado em: 14/01/2021 19:12

 (Foto: Pixabay/Reprodução)
Foto: Pixabay/Reprodução
O ano mudou, mas as preocupações do brasileiro quanto ao cenário econômico nacional continuam. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação fechou 2020 em 4,52%, maior alta desde 2016. Com um quadro assim, quem dispõe de reservas para investimentos precisa analisar cautelosamente o que fazer para alcançar bons rendimentos sem riscos desnecessários.

“2021 tem tudo para ser muito atípico. O cenário macroeconômico não tem sido refletido nos preços dos ativos. Países como EUA, Japão, Suíça e União Europeia têm expandido sua base monetária com muita força após o início da Covid-19. Mas o problema da expansão monetária se concentra em duas frentes: aumento de inflação e endividamento dos governos”, explica João Scognamiglio, planejador financeiro da Múltiplos Investimentos.

“Diante disso, acredito que 2021 será um ano em que o conservadorismo nos investimentos tem que estar em primeiro plano. A proteção do patrimônio deve ser a prioridade do investidor nesse momento", ressalta o especialista.

Em um cenário de incertezas, é importante possuir uma carteira de investimentos diversificada. Apostar tudo num só segmento é contrair possíveis dores de cabeça no futuro. Por exemplo, a poupança, método preferido dos brasileiros, teve em 2020 a pior rentabilidade dos últimos 18 anos. Por outro lado, ir apenas pelo caminho das ações também pode significar o risco de presenciar forte volatilidade nos ativos.

“A primeira lição é ter uma carteira diversificada. Em um cenário de inflação, ativos anti-inflacionários são boas apostas, entre eles, os metais preciosos, como o ouro e a prata (podem ser feitos através da B3, bolsa brasileira). Esse tipo de ativo costuma manter o poder de compra do seu patrimônio ao longo do tempo. Commodities também costumam valorizar diante desses cenários. Por fim, vale ressaltar a importância de também investir em empresas sólidas no longo prazo. Nesse caso, é importante ter cuidado com o preço a ser pago em algumas ações, que podem já estar muito esticadas. Porém, no longo prazo, boas empresas sempre são bons investimentos”, detalha Scognamiglio.

Mesmo adotando todas as precauções, investir significa trabalhar em parceria com o tempo. “Não ter pressa para ganhar dinheiro no mercado é fundamental”, alerta João. “Muitas pessoas, por não ver o dinheiro se valorizando no banco, concentram todos os seus investimentos nos ativos que mais se valorizaram nos últimos meses: e esse é o maior risco. A valorização de um investimento no passado não é nenhuma garantia para o futuro, muito pelo contrário”, diz.
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