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Setor de alimentos ajuda na recuperação industrial em Pernambuco

Publicado em: 11/08/2020 13:43

Dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE de junho de 2020, divulgados nesta terça-feira (11), registraram um crescimento de 2,8% no comparativo com o mesmo mês de 2019. O resultado estadual no período ficou acima do regional e do nacional. E o setor de alimentos tem a maior participação nisso com crescimento de 13,4% (contra junho/2019), se posicionando como o maior acumulado do ano do Brasil, de 19,6%. O desempenho foi quase o dobro do segundo colocado, Minas Gerais (11,2%), e cerca de cinco vezes maior que o crescimento nacional, de 3,7%.

No âmbito regional, o segmento liderou a criação de valor agregado do Nordeste, com R$ 6,46 bilhões, e se marcou como a 8ª do Brasil. Também é a que mais emprega trabalhadores do Nordeste, 74.807 pessoas, e a 7ª do Brasil, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (IBGE, 2018). Nesta última pesquisa, o setor conta com um Valor Bruto de Produção (VBP) da ordem de R$ 14,38 bilhões, sendo o 10º do Brasil, que representa 19,7% do VBP de Pernambuco.

"O diálogo com a indústria foi implantado assim que a pandemia se instalou. O estado criou medidas para evitar que a indústria tivesse atividades paralisadas, diferentemente de outros estados do Nordeste. Também criou um comitê de abastecimento, para garantir a distribuição de itens essenciais para os pernambucanos nos pontos de venda e que favoreceu os segmentos de alimentação e de itens de higiene, além de ajustes de ordem fiscal para que os Centros de Distribuição tivesse impulso. Então foi um pacote de ações para que o setor por completo respirasse e mantivesse ritmo de operação", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, sobre as medidas tomadas nas primeiras fases da pandemia.

Já a secretária Executiva de Políticas de Desenvolvimento Econômico, Maíra Fischer, atribuiu à estrutura produtiva diversa os resultados gerais de indústrias e o setor de alimentos tem sido protagonista no fortalecimento de cadeias existentes e nas políticas de atração de novos empreendimentos industriais para cá. "A instalação da Masterboi, no município de Canhotinho, no Agreste de Pernambuco; a consolidação do polo avícola no Agreste pernambucano e o complexo de Suape, que abriga grandes empresas de alimentos conectando aos principais mercados consumidores do Norte e do Nordeste são exemplos do esforço para atração e manutenção de empresas de influência regional e nacional”, destacou.
 
Números
A Masterboi é um exemplo dessa consolidação da indústria de alimentos aqui no Estado. A empresa, genuinamente pernambucana, anunciou, no final do ano passado, um investimento de R$ 112 milhões na instalação de um frigorífico industrial e de um abatedouro no município de Canhotinho, no Agreste Meridional. Com esta empreitada, o grupo empregará nada menos que 800 trabalhadores nas novas instalações.

O setor também se destacou na 110ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada em julho deste ano. O projeto com o maior valor investido foi a ampliação da WLC Indústria e Comércio de Alimentos, localizada em Olinda. A empresa investirá R$ 12,9 milhões na expansão de sua linha de molhos, temperos e farofas e deverá gerar 266 postos de trabalho para atender ao crescimento do mercado. Enquanto isso, a Viva Alimentos, localizada em Ribeirão, na Mata Sul, aplicará R$ 3,8 milhões para a expansão de uma nova linha de produtos focada na fabricação de pão de queijo, hambúrguer e almôndega. De acordo com o projeto proposto, 51 vagas serão criadas por meio do empreendimento.

Já no caso das expansões de empresas já instaladas, destaca-se a pujança da indústria de bebidas com o polo cervejeiro, em Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife (RMR). No local haverá a ampliação das linhas de produção de cervejas puro malte e refrigerantes, via Ambev e Grupo Petrópolis.

No caso específico da Ambev, o grupo vai investir R$ 155 milhões na implantação da infraestrutura e da tecnologia para a produção de extrato concentrado de malte aqui do Estado. Além de produção de cervejas puro malte, a planta pernambucana será a base para fornecer o extrato do malte que vai abastecer a produção de todas as cervejarias do grupo no Norte e no Nordeste.

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