Economia

Embraer investe na empresa pernambucana de cybersegurança Tempest

Segundo Lincoln, haverá investimento na evolução do portfólio para estar à frente das crescentes ameaças digitais.

A Embraer assinou contrato para investimento no capital da Tempest Security Intelligence, resultando em uma participação majoratária. A empresa pernambucana de cybersegurança, nascida no Porto Digital no ano 200, oferece soluções para proteção de negócios no mundo digital e conta com escritórios no Recife, São Paulo e Londres, atendendo mais de 300 clientes no Brasil, na América Latina e na Europa. Negócios que se tornam fundamentais nesse processo de transformação digital imposta pela pandemia do coronavírus e no aumento de cyberataques no meio digital.

O investimento mostra a importância da cybersegurança para a indústria de alta tecnologia e para o setor de defesa e também traz para a Tempest perspectivas de expansão tanto no Brasil como no exterior. O país é o segundo do mundo com índices de cybercrimes, atrás apenas da Rússia, e as empresas nacionais têm perdas de até US$ 10 bilhões por ano em crimes virtuais. "Esta parceria é um marco para a Tempest, e estamos muito entusiasmados com os próximos passos. O mercado de cibersegurança é global e está em franca expansão. Continuaremos a investir na evolução do portfólio com a missão de estar sempre à frente das crescentes ameaças digitais que afetam os nossos clientes, sendo referência no Brasil e com atuação internacional", afirma Cristiano Lincoln Mattos, CEO e sócio-fundador da Tempest.

Além disso, o investimento da Embraer também fortalece a Tempest na atuação na área de defesa. A pernambucana é uma das empresas investidas pelo Fundo de Investimento em Participações (FIP) Aeroespacial criado pelo BNDES, pela FINEP, pela Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e pela Embraer. O objetivo é reforçar a cadeia produtiva aeroespacial, aeronáutica, de defesa e segurança. A Embraer, inclusive, já tinha participação indireta na Tempest desde 2016 por meio do Fundo Aeroespacial. "A Embraer sempre incentivou o desenvolvimento de uma cadeia nacional para a indústria aeronáutica e de defesa no Brasil e tem como uma de suas prioridades o foco no segmento de segurança cibernética", ressaltou Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

A Tempest ganha potencial com o investimento da Emraer, mas segue como empresa autônoma, mantendo a sua marca, os sócios e líderes, os mais de 300 colaboradores, além da independência e agilidade operacional. A conclusão do negócio está sujeita ao cumprimento de condições usuais votadas para este tipo de negociação e aprovações necessárias.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...