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PORTAS ABERTAS

Lojas de construção retomam atividades com cautela

Publicado em: 04/06/2020 07:44 | Atualizado em: 04/06/2020 10:21

 (Foto: Ferreira Costa / Divulgação)
Foto: Ferreira Costa / Divulgação
Desde a última segunda, as lojas de materiais de construção passaram a ter autorização para funcionar com abertura de suas portas ao público. Em boa parte delas, 70% do corpo de funcionários está de volta, excetuando-se o grupo de risco. Há a adoção de protocolos mais rígidos de funcionamento e colaboradores exercendo funções diferentes das de antes da pandemia. A maioria, entretanto, não intensificou o estoque visando a reabertura gradual do segmento de construção civil, na próxima semana.

A Eletro Ferragens Marinho, localizada no bairro da Encruzilhada,ficou fechada por apenas quatro dias, de 23 a 26 de março. A partir daí, atuou como delivery e ponto de coleta, tendo ampla demanda devido a construções dos hospitais de campanha emesmo de pessoas com problemas nas suas residências. Um período em que o proprietário, Carlo Roberto Galvão Pascaretta, deixou de contar com quatro dos 12 funcionários. Desde o retorno, teve alta procura, entretanto, ainda está cauteloso quanto a novos investimentos. “Meus estoques estão normais. Agora, preciso sentir como o mercado se comportará com este retorno gradativo. Este momento é de verificar se vale a pena investir, afinal, a alta do desemprego tira o poder de compra", afirma.

O grupo Ferreira Costa, com três lojas no estado e outras na Paraíba, Bahia e Sergipe, voltou a funcionar, de portas abertas, também no início da semana. De acordo com o gerente de trade marketing, Alexandre Fernandes, nas praças em que abriram as unidades, a média é de 70% do efetivo. “Durante o isolamento, operamos com 30% do quadro na área operacional, voltados para o e-commerce e televendas. Após a implantação do atendimento eletrônico e vendas pelo whatsapp, estávamos operando com 40%”, conta.

Ele conta, ainda, que vários funcionários estão exercendo novas aptidões descobertas durante apandemia, a exemplo de atuantes no setor comercial que passaram para o e-commerce ou vice-versa. “Além disso, reaprendemos, nestes 70 dias, a cuidar melhor da logística e fortalecer a entrega mais rápida e segura”, afirma.

Na Tupan, apenas as duas lojas de Recife e a de Olinda reabriram as portas. As demais, em Caruaru e Serra Talhada, continuam respeitando as determinações municipais. De acordo com a supervisora de marketing, Deyse Freire, a volta dos funcionários está acontecendo de forma gradativa. Sobre os estoques, ela conta que houve retração de pedidos com o estouro da pandemia e que as demandas foram entregues por meio de televendas e drive-thru. “Esta última modalidade começou devido à pandemia. Só tínhamos whatsapp e vendas por telefone. Então,foi mais uma saída que encontramos para continuar nos comunicando com o cliente e que se manterá, por enquanto”, afirma. Deyse conta que, neste retorno, o setor de compras já voltou a trabalhar parcialmente. “Estamos em fase de negociação”, finaliza.
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