Economia

Ressaca financeira depois do Carnaval: orientações para sair do vermelho

Mesmo para os que participam dos carnavais de rua, sem comprar abadás ou ingressos para festas particulares, os gastos com o carnaval podem ter ocasionado um estouro no orçamento. Afinal, fantasias, bebidas e alimentação são sinônimos de custos. Para quem vive, no momento, a chamada ressaca financeira, é importante estar atento para algumas orientações a fim de reorganizar as finanças e sair do vermelho.

Muitos destes gastos são feitos por meio do cartão de crédito é, o grande “vilão” do orçamento doméstico, de acordo com o educador financeiro e vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros em Pernambuco (ABFIN/PE), Raimundo Caldas. Isto porque ele traz algumas armadilhas, como a falsa sensação de que não se está, efetivamente, gastando dinheiro. “Ele estimula o consumo ainda mais do que se estivesse pagando em espécie. E isto traz um problema posterior pois se o cliente não pagar o valor total da fatura, será cobrado por taxas de juros absurdamente altas, aumentando assim, as chances de inadimplência”, explica. Ele complementa que para quem precisa utilizar esta forma de pagamento para continuar consumindo em meio às dívidas, a dica é “quanto mais parcelas, maior o pagamento de juros. Então, quanto menos parcelas, melhor”, resume.

O próximo passo é fazer um bom diagnóstico financeiro. “A pessoa pode anotar as receitas e despesas num papel, planilha ou em aplicativo de finanças pessoais. É imprescindível para saber o quanto paga com contas fixas (água, luz, aluguel, supermercado). Desta maneira, é possível identificar onde se pode poupar e quais gastos podem ser evitados”, afirma Caldas. Depois do diagnóstico, chega a vez da poupança. O ideal é economizar no mínimo de 10% a 15%. Se houver renda extra, não utilizá-la para custos fixos como despesas com aluguel, como taxa de condomínio, conta de água energia  e aluguel. Por fim, é imprescindível planejar antes de gastar. “Se quer trocar de carro, viajar nas férias ou comprar um imóvel, por exemplo, verificar, com antecedência, as condições e prazos de pagamento, juros, avaliar o momento analisar e se se cabe no orçamento”, finaliza Raimundo Caldas.

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