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MERCADO-FINANCEIRO

Dólar cai abaixo de R$ 4, e Ibovespa sobe aos 108 mil pontos

Publicado em: 01/11/2019 18:57 | Atualizado em: 01/11/2019 19:19

Na semana em que bateu recorde duas vezes, a Bolsa acumula alta modesta de 0,77%. Já o dólar cedeu 0,39%, a R$ 3,9980. Na semana, acumula queda de 0,3%. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Na semana em que bateu recorde duas vezes, a Bolsa acumula alta modesta de 0,77%. Já o dólar cedeu 0,39%, a R$ 3,9980. Na semana, acumula queda de 0,3%. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O dólar voltou a fechar levemente abaixo dos R$ 4, a R$ 3,9980, nesta sexta-feira (1º), enquanto a Bolsa brasileira retornou aos 108 mil pontos. O bom desempenho do mercado seguiu o otimismo do exterior, com a melhora de dados das economias chinesa e americana e avanços no acordo comercial. Nos Estados Unidos, a criação de empregos em outubro alcançou 128 mil vagas superando as expectativas de economistas consultados pela Reuters de 89 mil. O relatório mensal de empregos do Departamento do Trabalho também mostrou que as contratações nos dois meses anteriores foram mais fortes do que o estimado anteriormente.

Enquanto isso, na China, a atividade industrial expandiu inesperadamente no ritmo mais forte em mais de dois anos em outubro, com um aumento nas novas encomendas de exportações. Os pedidos voltaram a se expandir pela primeira vez em cinco meses, em um cenário de guerra comercial com os Estados Unidos. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) chinês subiu a 51,7 em outubro de 51,4 em setembro, marcando o terceiro mês seguido de expansão. Economistas consultados pela Reuters esperavam desaceleração do crescimento a 51.

A marca de 50 separa crescimento de contração. O ritmo de crescimento em setembro havia sido o mais forte desde fevereiro de 2017, quando também alcançou 51,7.
Além da melhora nas duas maiores economias do mundo, esta sexta foi marcada por mais um alívio na guerra comercial. O vice-presidente chinês Liu He, o secretário do tesouro americano, Steven Mnuchin, e o representante americano de comércio, Robert Lighthizer, tiveram mais um telefonema para negociar os termos de um acordo comercial. Ambos os países divulgaram notas oficiais descrevendo a conversa como construtiva. O ministério de comércio chinês, disse, inclusive, que as partes chegaram a um "consenso em princípio".

Com o cenário melhor que o esperado, os índices americanos S&P; 500 e Nasdaq bateram suas máximas históricas na sessão, a 3.066 pontos e a 8.386 pontos, respectivamente. Ambos com alta em torno de 1%. O índice Dow Jones fechou próximo ao recorde, com alta de 1,11%.
Na China, o índice CSI 300, que reúne as Bolsas de Xangai e Shenzen, teve alta de 1,69%.
Os dados levaram o preço do barril de petróleo Brent a uma alta de 2,3%, a US$ 61,60, maior valor em uma semana.

No Brasil, o Ibovespa teve alta de 0,91%, a 108.195 pontos. O volume negociado foi de R$ 20,767 bilhões, acima da média diária para o ano. Na semana em que bateu recorde duas vezes, a Bolsa acumula alta modesta de 0,77%. Já o dólar cedeu 0,39%, a R$ 3,9980. Na semana, acumula queda de 0,3%. Nesta sessão, as ações da Magazine Luiza bateram sua máxima histórica após bons resultados no terceiro trimestre e anúncio de aumento de capital. Os papéis terminaram cotados a R$ 47,19, alta de 5,71%.

O melhor desempenho do Ibovespa, no entanto, ficou por conta da Suzano, cujas ações saltaram 7,26%, a R$ 35,01, maior patamar desde 11 de novembro.
A alta é fruto do balanço da companhia que, apesar de um prejuízo líquido de R$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre de 2019, dentro do esperado pelo mercado, indicou menores custos e maior redução nos estoques, o que elevaria o preço de celulose no mercado, em baixa atualmente.
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