Economia

CropLife Brasil é lançada para fomento de inovação em biotecnologia no país

Associação comercial busca investir em novas tecnologias para o desenvolvimento do agronegócio no país

“Fizemos a pergunta: ter diversas associações em segmentos separados responde às necessidades atuais da indústria e do produtor brasileiro? Nesse exercício, foi que, embora as associações fizessem um excelente trabalho individualmente, concluímos que não fazia mais sentido continuarmos assim”, explicou o presidente do conselho consultivo da CropLife Brasil, Eduardo Leduc.

O presidente do conselho consultivo destacou ainda o alto desempenho brasileiro na produção e exportação agrícola, mesmo contando com adversidades como incertezas econômicas e jurídicas e as adversidades do clima tropical. “Ainda assim, conquistamos a liderança da produção e exportação de diversos produtos, ocupando menos que 8% do território nacional. É sinal de muita competência, uso de tecnologia e sustentabilidade”, ressaltou Leduc. 

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o presidente da CropLife Brasil, Christian Lohbauer, definiu como se dá o trabalho da associação comercial. Ele explicou que a instituição atua em cinco segmentos: atividade de representação, defesa da propriedade intelectual, pautas burocráticas, educação (boas maneiras) e, por fim, comunicação. 

A primeira, segundo, Lohbauer, é o acompanhamento dos projetos de lei que tratam de biotecnologia. A segunda, se trata de pesquisa e criação de novas tecnologias vegetais. A terceira, é o monitoramento de produtos contrabandeados que entram pela fronteira do Brasil e prejudicam o meio ambiente. A quarta, é ensinar aos produtores e distribuidores a utilizar e a exportar os produtos de maneira mais eficiente. E a quinta, é informar a população sobre o uso dessa tecnologia nas lavouras brasileiras. 

"Fundamentalmente, a CropLife Brasil nasce para comunicar o que se faz com biotecnologia. As pessoas não sabem do que isso se trata, que é o remédio para as plantas, a modificação genética dos vegetais. Elas ficam assustadas porque parece que aquilo pode gerar doença, algum tipo de coisa ruim. Não é assim, pelo contrário. A gente representa as empresas que produzem ciência para produzir alimento barato e de qualidade", defendeu o executivo sobre o tema, comumente alvo de polêmicas entre produtores rurais e defensores do meio ambiente. 

Lohbauer também comentou sobre o acesso dos produtores rurais a essas tecnologias. Segundo o executivo, o desenvolvimento científico não pode ficar restrito somente à indústria. “Existe produtor grande, ruim e pobre. Existe produtor pequeno, bom e lucrativo. Por isso a agricultura no Brasil é uma só. O tamanho do produtor não faz diferença, a gente quer que todos tenham acesso ao que há de mais avançado em biotecnologia. Se você não dá acesso à tecnologia, não adianta distribuir terra e fazer concessão de crédito”, explicou. 

%u201CA comunicação como norte será um grande ganho da associação", afirmou a ministra Tereza Cristina

O ministro Ricardo Salles corroborou a fala da ministra Tereza Cristina, destacando que plataformas como a Croplife Brasil ajudam a levar esclarecimentos sobre o desenvolvimento científico à sociedade, colaborando, assim, com o crescimento do agronegócio no país, que, segundo ele, é “modelo de sustentabilidade e boas práticas no campo, em estados diversos e culturas variadas”.

Para ele, o Ministério do Meio Ambiente, junto ao Ibama e os Ministérios da Agricultura e da Saúde, tem papel fundamental de levar dados e informar a população. “A tecnologia mais nova substitui a mais antiga e protelar a análise e a utilização de soluções mais modernas acaba por prejudicar o meio ambiente, a qualidade de vida e a saúde das pessoas”, defendeu Salles. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
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