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Onyx diz que expectativa é de mais de 330 votos a favor da nova Previdência

Publicado em: 09/07/2019 20:48

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu, no início da noite, na vice-presidência da Casa, com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Na saída, Maia disse que acha difícil a inclusão dos estados e municípios, que trabalha para votar o texto base ainda esta terça (9), e comentou a relação entre Executivo e Legislativo, de “desconfiança”.

“Esse governo, no início, gerou uma desconfiança. Mas isso começou a caminhar de um jeito normal. A gente vai construir, daqui pra frente, uma relação mais harmônica”, disse em tom conciliatório, afirmou Maia. O presidente demonstrou bom humor e confiança nos votos a favor da previdência, e ainda afirmou que ganharia o bolão feito pelo DEM, apostando com quantos votos a reforma da Previdência seria aprovada. “Temos ate votos que nós não tínhamos”, garantiu.

Onyx, por sua vez, disse que a expectativa é “fazer mais de 330 votos”. “O governo sempre se preparou para as votações com muito trabalho e diálogo, e trabalhando mais em silêncio do que falando. Continuamos da mesma maneira. Temos uma grande chance nessa semana de votar 1o e 2o turno da nova previdência e o Brasil poder oferecer ao mundo um novo cenário para investimentos. Estamos preocupados e o presidente Jair Bolsonaro repete exaustivamente que a luta agora é buscar empregos. Para buscar empregos temos que fazer o Brasil estar fiscalmente equilibrado, que é o que faremos com a previdência nos próximos 10 anos”, afirmou.

Já o governador do Rio Grande do Sul destacou que a reforma será melhor com estados e municípios. Ele disse que também irá ao Senado, para tentar sensibilizar os parlamentares da Casa, e destacou que a não inclusão das demais esferas na PEC criará milhares de tensões em câmaras legislativas e de vereadores pelo país. “A reforma tem que ser a mais profunda possível para animar investidores. Para que o Brasil mostre rumo nas suas contas públicas não adianta só a união estar com sua situação resolvida. A União é a quem recorrem estados e municípios em dificuldade”, disse.

“Minha presença é para demonstrar que não jogamos a toalha. Não sou de jogar a toalha e vou ficar até o último momento insistindo para que deputados tenham a compreensão da oportunidade que têm de dar uma solução para a situação fiscal na previdência e para estados e municípios. Buscamos que na Câmara seja viabilizado. Há um destaque apresentado pelo Novo. Nós queremos que vá a votação. São não for votado ou não prosperar, vou ao Senado para conversar também com senadores e entender as possibilidades que teremos lá, de viabilizar, se não conseguirmos na Câmara”, garantiu.

Para Leite, compreender o sentimento dos deputados que está travando estados e municípios é importante mesmo que a inserção ocorra no Senado. “Ou estaremos adiando a derrota. O presidente Rodrigo Maia está bastante comprometido com o brasil. Estou vendo isso. Assim como o relator Samuel Moreira. Ele não conseguiu fazer prosperar na comissão. O presidente sabe da importância da inclusão de estados e municípios, mas ele não define, ele é o árbitro para que prospere a reforma da previdência no plenário, e é ciente de que a dificuldade na compreensão de parte dos deputados poderia fazer a reforma ser arriscada na totalidade. Por isso estou aqui, argumentando”, observou.

“Todo esse processo desgastante que estamos vendo no cenário vai ter que se repetir mais de 2 mil vezes em câmaras de vereadores e assembleias legislativas. Não faz nenhum sentido. Se a reforma ficar pela metade, é meio ânimo de investidores. Meio investimento, meia geração de empregos, e o Brasil já perdeu tempo demais para ver metade da recuperação. Já estamos crescendo 0,8% na economia. Talvez seja mais um ano de recuperação econômica. Temos que promover melhor a reforma. Se for apenas para a união, teremos 2 mil municípios, 27 estados e o DF sem saúde fiscal. De fato vejo dificuldade e trabalho para que possa prosperar”, completou o governador.
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