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Arquitetura e Urbanismo em foco na Fenearte

Publicado em: 12/07/2019 21:14 | Atualizado em: 12/07/2019 21:32

Foto: WhatsApp/Cortesia

Além dos cinco mil expositores e várias atrações culturais, a Fenearte também funciona como um importante espaço para a promoção de projetos inovadores de diversas áreas. No segmento da Arquitetura e Urbanismo, seis praças foram selecionadas para compor a decoração no pavilhão do evento, que já está na 20ª edição. Uma delas, a De mãos dadas: da Praia ao Sertão, localizada próximo ao estande do Sebrae, tem chamado bastante a atenção dos visitantes da mostra.

O projeto foi elaborado pelos estudantes Isabela Andrade, Jenifer Barbosa, Mirella Lima e Ricardo Lins, que estão no quinto período do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Maurício de Nassau. O projeto dos graduandos utilizou elementos terrosos, agregados à materiais rústicos para enaltecer a cultura popular nordestina e exaltar, em especial, a ciranda. Peneiras, cordas, artesanatos locais e muita poesia fizeram do projeto um “mar de conceito e identidades”. 
 
Foto: WhatsApp/Cortesia

O grupo recebeu o valor direto de R$ 3.874,00 para realizar a produção, como contou o estudante Ricardo Lins, 22. "O maior desafio conciliar o tempo e a experiência com os materiais. E o grande diferencial foi produzir algo para o público. É bem diferente e exige muito da gente. O retorno foi bem positivo, as pessoas se sentiram bem representadas e conseguiram identificar o tema da praça".   

O professor orientador George Araújo, que também é gestor do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU) na Uninassau, disse que toda produção textual foi inspirada nos homenageados da feira deste ano, que são Lia de Itamaracá, Mestre Baracho (em memória) e Dona Duda. “É muito bacana ter a oportunidade de conduzir um projeto como este enquanto professor e orientador. Os alunos puderam vivenciar a importância de pensar no projeto e colocá-lo em prática. Levando em conta também o processo produtivo e a execução. Tocando também na escolha dos materiais, na gestão do tempo e, sobretudo, nos recursos financeiros”. 

Foto: WhatsApp/Cortesia

Desde quando saiu o edital, os alunos tiveram cerca de 30 dias para pensar no projeto e enviar a proposta para a seleção. Após aprovado, o grupo teve 15 dias para executá-lo. A estudante Jeniffer Barbosa, 20, disse que a maior aprendizagem foi no trabalho em equipe. “São muitas ideias juntas, então, é preciso chegar no consenso. A nossa maior preocupação foi que as pessoas se sentissem bem na praça. Somos quatro alunos inexperientes que nunca passaram por isso. Muita coisa foi abandonada, mas o principal mantivemos, que foi o ideal”. 

O concurso foi promovido pela AD Diper. Além da Uninassau, foram selecionados os trabalhos das Universidade Católica de Pernambuco, da UniFG da Esuda. Após a feira, os projetos voltam para os centros educacionais para estimular a produção entre os estudantes. “Antes do projeto eu estava muito mais insegura, por ainda ser estudante e estar na metade do curso de arquitetura. Depois dele eu saio uma pessoa muito mais firme na profissão e sabendo que é possível, basta meter a cara e fazer”, relatou Jeniffer. 




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