Na bagagem, a empresa tem a experiência com a venda de ferramentas semelhantes com uso de Internet das Coisas (IOT) para outras marcas como o botão que alerta quando o gás acabou, parceria com a Superbrasgás, com mais de dez mil produzidos. Ou o e-control, sistema fabricado para a Esmaltec e que é usado na Central de Bebidas da marca, uma espécie de adega com controle de temperatura por aplicativo.
“Nossa ideia inicial era usar a Internet das Coisas para controlar serviços de fornecimento de água, gás e energia elétrica. Começamos com a Superbrasgás em 2012, fabricando 100 botões para um teste e começamos a escalar. Neste momento, conseguimos um investimento de R$ 600 mil para desenvolver o produto”, explica Wellington Messias, sócio do empreendimento junto a Frederico Braga.
Hoje, a BottomUp já fornece o segundo produto para a Superbrasgás, o Gasímetro, que mostra os níveis do gás. “Contamos com fornecedores de peças chineses porque fazemos o software e o hardware e também temos enviados alguns produtos para a China”, ressalta. Com 22 funcionários e uma fábrica no Recife, o plano é intensificar a exportação em 2020. “Até hoje, estávamos focando no mercado B2B, ou seja, vendíamos exclusivamente para outras empresas. Agora vamos diversificar e entrar no B2C, que é a venda direta para o consumidor final e queremos entrar em grandes atacadistas dentro e fora do Brasil focando na automação residencial.”
Um dos produtos prontos para a comercialização nas prateleiras é o Energimetro, que promete monitorar e gerenciar o consumo de energia. “Dessa forma, é possível planejar melhor o uso, economizar e identificar até mesmo aparelhos que estão “desperdiçando” energia. Teremos ainda a versão que você pode plugar na tomada de um aparelho especificamente e controlar, por exemplo, um ar-condicionado, programando a hora de desligar e ligar”, completa. Com os dois itens no mercado no início de 2019, a expectativa é um faturamento 100% mais alto até dezembro do próximo ano.
Atualmente, a BottomUp já tem clientes no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. “Queremos também entrar na área médica em 2019, estamos buscando homologação de um produto neste momento para investir neste segmento”, enfatiza. Outro público em potencial para Messias são as pequenas e médias empresas. “Queremos expandir nossos produtos para vários mercados.”