“Para se ter uma ideia, nos sete primeiro meses do ano, o etanol em Pernambuco substituiu 37,6% da gasolina consumida. Então, é um mercado em ascensão. Passa a haver um maior fluxo de vendas do etanol do mercado interno, em que pese ainda com preços que venham a cobrir os custos de produção. A questão é que vende mais rápido, porém, em preços que não são adequados para os custos de produção por incertezas da política de preços”, lamenta o presidente do Sindicato do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), Renato Cunha.
Segundo dados do Sindaçúcar/PE, as regiões Norte e Nordeste deverão esmagar 47 milhões de toneladas de cana na atual safra. Com isso, a expectativa é que elas produzam cerca de 2,5 milhões de toneladas de açúcar e 2,1 bilhões de litros de etanol. Em Pernambuco, a estimativa é de que a produção seja de 12 milhões de toneladas de cana, com consequente produção de 850 mil toneladas de açúcar e 410 milhões de litros de etanol. Sendo assim, o estado terá a maior produção de etanol hidratado do Norte/Nordeste (mais de 300 milhões de litros) e a segunda maior do açúcar, já que Alagoas se consolida como o estado mais açucareiro.
“Nesta safra, a previsão é que o destino da cana brasileira deve ser 63% para produção do etanol no país. No Norte e Nordeste, 57% é destinado à produção do álcool combustível. Por aqui, as fábricas são ainda muito voltadas à produção de açúcar. São indústrias que vêm se modernizando mas, originalmente, nos anos 70, maior parte foi concebida para açúcar. Essa mudança é um processo lento e gradual”, pontua o presidente do sindicato após ressaltar que a frota de veículos flex (abastecido com álcool e gasolina) no país é estimada em 27 milhões de carros e de quatro milhões de motos.
Neste período inicial, a produção de etanol atingiu, 30,8 milhões de litros, sendo o maior volume destinado ao tipo hidratado (90,6%), volume direcionado para o atendimento dos automóveis flex.
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