“Há uma tendência natural de modernização dos cartórios, que surgiu a partir do processo de dejudicialização no país. Antes, tudo dependia do Poder Judiciário e agora o tabelião público já pode fazer, como exemplo, inventários, divórcios extraconjugais e usucapião. Então há uma tendência sobretudo de escrituras públicas e são serviços de maior valor agregado”, explica Felipe Andrade Lima, tabelião responsável há dez anos pelo cartório, que passou a ter seu sobrenome após aprovação em concurso público.
Desde 3 de setembro, Felipe deu mais um passo para consolidar o novo perfil do negócio. Ele evita falar em números, mas diz que com a capitalização dos recursos dos últimos dez anos, investiu em inovação, inclusive inteligência artificial, capacitação da equipe e, como parte desse novo momento, deixou o espaço que tinha em uma casa na Avenida Agamenon Magalhães para ocupar uma área de 362 metros quadrados em um empresarial ao lado do RioMar.
A equipe jurídica do cartório foi toda renovada e o time gerencial, além de algumas atendentes, tem domínio em dois idiomas, inclusive o italiano, já que se observou um aumento na demanda de pernambucanos, com descendência no país europeu, que precisam dos serviços cartoriais para dar entrada no pedido de cidadania.
Além disso, oferece serviço especializado como se fosse de escritório de advocacia, mas sem sobrepor a essa atividade. “Temos agilidade para resolver os problemas dos outros. Nosso lema é pensar prático e agir de forma segura. Se você tem conhecimento jurídico sólido, consegue soluções não óbvias para resolver os problemas”, diz Felipe, que é vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil e conselheiros na União Internacional do Notariado.
O cartório vem crescendo, sobretudo, no perfil de clientes corporativos, que demanda grandes volumes e abrange escritórios de advocacia, construtoras, grandes bancos de financiamento de imóveis e grupos empresariais em geral. O resultado se apresenta nos números. Saiu do sétimo para o segundo lugar em faturamento entre os cartórios de nota do estado e prevê um crescimento em 2018, em relação ao ano anterior, de 30% dos dividendos.