A Silk, que completou 17 anos em 2018, destaca-se tanto pela qualidade dos serviços prestados que foi escolhida este ano por grandes magazines nacionais como Marisa e Riachuelo para estampar parte de suas peças. A Riachuelo, inclusive, antes mesmo da primeira remessa de encomendas entregue, marcada para este mês, já dobrou os pedidos, passando de 10 mil para 20 mil e “forçando” Luizinho a ampliar seu quadro de funcionários e reduzir a quase zero a ociosidade da fábrica.
A planta, que tem quase 1,5 mil metros quadrados e 27 funcionários, tem muito espaço para crescer. Além de um novo terreno que está sendo incorporado, o pátio industrial tem nove máquinas de estamparia do tipo carrossel automáticas, cada uma com um custo médio de R$ 320 mil e capacidade de 3,5 mil peças por dia cada, ou seja, a Silk, hoje tem a capacidade instalada para estampar 40 mil peças por dia ou 1,2 milhão de peças por mês na modalidade transfer. Atualmente, contudo, a produção é de 300 mil peças mensais.
“Acredito que o que nos ajudou no sucesso foi honestidade. Meu maior zelo na vida é pelo meu nome. Um segundo ponto foi fazer parcerias com as pessoas certas. Arnaldo Xavier, dono da Rota do Mar, por exemplo, me ensinou muito porque ele sempre foi extremamente exigente e ligado nas tendências mundiais”, detalha Luizinho. Sua primeira funcionária foi sua mulher, que segurava um ventilador para secar as peças da primeira estamparia.
Completando um ano, outra área da Silk que está tendo êxito é a área de eventos, iniciada em 2017. Esse setor trata da estampa de banners e bandeiras temáticas e já tem clientes em São Paulo, Brasília e até na Argentina, principalmente no segmento de eventos corporativos. “Já estamos fazendo 20 eventos por mês”, ressalta Luizinho. Agora, a empresa está focada na contratação de novos funcionários para atender as demandas da Riachuelo e conquistar novos clientes, de preferência grandes magazines nacionais. “A gente quer continuar crescendo, mas com qualidade”, resume o gestor.
Qualidade através de uma produção sustentável
“Atualmente, gastamos cerca de R$ 11 mil por mês em energia elétrica. É uma das maiores contas fixas da empresa. Por ano, chega a R$ 120 mil. Para montarmos uma quantidade de placas suficientes para abastecer nossa produção, precisarei de R$ 490 mil, ou seja, em cinco anos, eu pago esse crédito e, depois disso, terei uma economia anual de R$ 120 mil por ano. No mínimo”, detalha Luizinho, empolgado. O crédito em questão já foi aprovado pelo Bando do Nordeste, que dispõe de cerca R$ 30 bilhões em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), sendo R$ 14,8 bilhões para a infraestrutura, com foco em implantação de placas solares ou captação eólica, apenas para 2018. Para Pernambuco, a expectativa do banco é aplicar R$ 12 milhões em operações pelo FNE.
As condições para acesso ao crédito do FNE Sol incluem prazo de pagamento de até 12 anos, com até um ano de carência, financiamento de até 100% do investimento, bônus de adimplência de 15% e taxas diferenciadas de outras linhas de créditos. “Vale muito a pena porque as placas são um investimento que vai durar até 30 anos e se paga em cinco anos. São 25 anos de economia, além de ajudar ao meio ambiente”, finaliza.