Três são os principais motivos apontados pelas entrevistadas sobre a escolha da abertura de negócios no lugar da carreira privada. O primeiro deles é a maior flexibilidade dos horários, apontada por 52% das pesquisadas. Outras 40% escolheram empreender para aumentar a renda e 30% para ter mais tempo com a família. Foi assim com Juliana Martins, sócia da Libre Promo. Após mais de dez anos como bancária, a profissional decidiu largar a carreira e se dedicar ao mercado de eventos, tendo mais tempo, ou flexibilidade no horário para estar com os três filhos.
“Meu marido já trabalhava com eventos e eu decidi me dedicar a um nicho que eu sempre amei mas que nunca tinha me dedicado, que é o de eventos para crianças. Na carreira privada eu sentia muita falta de ter tempo para eles. Hoje, eu faço meus horários e, apesar de trabalhar mais nos finais de semana, consigo estar mais próxima”, afirma.
Vale lembrar que empreender não é garantia de passar mais tempo com os filhos. As condições podem ser mais flexíveis, mas o nível de trabalho é intenso. O ajuste nos horários passa também por uma mudança de entendimento dos papéis que a mulher exerce dentro e fora de casa. “É possível ter mais controle sobre o que, quando e como fazer. Mas não quer dizer que seja uma rotina menos atribulada de obrigações ou volume de tarefas”, pontua Renata Burle, sócia da Manon Saudável.
Renata por anos atuou no setor financeiro, em bancos e decidiu organizar, ao lado de Marina Lundgren, que é designer e arquiteta por formação, uma empresa que adicionasse itens saudáveis a rotina das pessoas. “O negócio nos permite organizar as rotinas de acordo com as necessidades das nossas famílias. Trabalhar mais motivada, com uma agenda organizada de forma produtiva e conciliadora faz a diferença”, enfatiza Marina.
Consumo
Tradicionalmente, o Dia das Mães é a segunda melhor data em vendas para o comércio, ficando atrás apenas do final de ano. Para este ano, segundo pesquisa da Fecomércio/PE, a expectativa dos empresários é de que haja um crescimento de 11% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Entre as formas de festejar, o ranking é composto por comemoração em casa, seguida de refeições fora de casa e viagens. Já os presentes mais citados foram os vestuários e acessórios.
Ainda de acordo com o levantamento, o tíquete médio também cresceu passando de R$ 177 em 2017 para R$ 203 este ano. “As pessoas estão mais otimistas. Outro fator que mostra isso é a forma de pagamento. Antes, para evitar o endividamento, o dinheiro era a opção. Hoje o cartão de crédito voltou à primeira posição”, pontua o economista da Fecomércio/PE, Rafael Ramos.