“A gente começou revendendo sandálias de couro que compramos para uso pessoal, mas que não iríamos usar. Então, colocamos numa página de Facebook. Foram compradas no Sertão. A procura foi tanta que começamos a revender essas peças, mas mantendo nossos empregos. Em um ano, tivemos que largar outros trabalhos e nos dedicar 100% à marca”, explica Carol.
Segundo ela, a demanda crescente obrigou o casal a profissionalizar o negócio. “Foi então que resolvemos fazer cursos no Sebrae e começamos a encomendar cores e modelos específicos dos nossos artesãos. Pouco depois, a gente começou a enviar matérias-primas para personalizar o trabalho e, a partir de 2016, iniciamos o processo de também desenhar as sandálias junto a um designer profissional”, ressalta Rodrigo.
O casal acredita que parte do sucesso da marca veio da boa divulgação dos produtos nas redes sociais. Também com ela publicitária e ele fotógrafo, desde a primeira postagem a atenção ao trabalho nas mídias da Vitalina foi primordial para os sócios. “A gente tem muito cuidado com a apresentação dos produtos e o atendimento. Por isso mesmo, hoje, enviamos peças para todo o Brasil, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Santa Catarina”, reforça Carol. A participação em eventos também impulsiona as vendas da marca. Tanto que eles já estão preparando peças para a Fenearte deste ano.
“Em 2016, fomos para nossa primeira Fenearte e acabou todo nosso estoque em dois dias. Sempre participamos do Cabine Fashion e estamos hoje com uma parceria com a marca Firulinha, em Boa Viagem, que revende nossos calçados da linha infantil, e com a Tuba Store, que fica no Paço do Frevo, no Recife Antigo”, completa Rodrigo. Além das parcerias, a empresa tem um ateliê fixo em Casa Amarela, na Rua Olímpio Tavares, e os produtos, que incluem chinelos, sandálias, sapatos, sapatilhas, botas, bolsas e acessórios em couro, podem ainda ser comprados através do site http://www.vitalinarecife.com.br/.
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“A gente trabalha com peças como quadros, espelhos e acessórios que remetem ao interior do estado, e desenhamos móveis de madeira com intervenções que também tenham características pernambucanas. Usamos até cobogós como complemento das peças. E trabalhamos com móveis para outras empresas como expositores de lojas”, explica Cavalcanti. Expedito Celeiro, artesão cearense, inclusive, é quem assina uma das peças mais vendidas da Vitalina Casa.