Economia

Autoridades islâmicas querem garantias do Brasil sobre abate de animais

De acordo com Evaldo Da Silva Junior, do Ministério da Agricultura, a medida contribuirá para ampliar o mercado para as carnes brasileiras

O abate de frangos exportados para os países muçulmanos tem de seguir os preceitos do Halal, a lei islâmica que determina o método de sacrifício dos animais. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Em busca da garantias sobre o abate do gado e dos frangos no Brasil, uma comissão de autoridades islâmicas visitou nesta segunda feira  (13) o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki. Liderados pelo vice-presidente do Centro de Divulgação do Islam para a America Latina, Ali Ahmad Saifi, os muçulmanos pediram a Novacki uma garantia oficial de que o gado e o frango exportados para seus países são abatidos dentro dos preceitos do Halal, a lei islâmica que determina o método de sacrifício dos animais.

Segundo o diretor de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura, Evaldo Da Silva Junior, a preocupação das autoridades islâmicas é a de que nem todas as empresas privadas estejam cumprindo o Halal com o necessário rigor.

"O governo brasileiro tem já um estudo pronto, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria (Embrapa) e a Universidade de São Paulo (USP), que dá essa garantia e detalha os processos de abate de animais exportados para os países muçulmanos. E é isso que eles querem", disse Da Silva, O documento, agora, será encaminhado para a autoridade máxima do Islam.

De acordo com Da Silva, a medida contribuirá para ampliar o mercado para as carnes brasileiras. "No momento em que esse estudo da Embrapa e do Ministério da Agricultura e Pecuária for reconhecido como garantia de que os preceitos Hala estão sendo cumpridos no Brasil, vai gerar um aumento extraordinário das vendas para mais de 50 países muçulmanos", afirmou.

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