Na prática, o Serasa Score traduz, em números, a possibilidade de alguém ficar inadimplente: consumidores com pontuação entre 0 e 300 estão no grupo de alto risco; os que têm entre 301 e 700 possuem um risco médio, e de 701 até 1000 significa que as finanças estão em dia e que o risco é baixo. “O principal objetivo é dar ao consumidor as informações que ele precisa para gerenciar a vida financeira. Nós trabalhamos com muitas informações que influenciam na hora de alguém pedir crédito, então nada mais justo do que a pessoa também ter acesso a esse dado”, explica Carolina Aragão, gerente do Serasa Consumidor.
Para ter acesso à pontuação, o consumidor deve acessar o endereço www.serasascore.com.br e fazer um rápido cadastro, informando dados como CPF, data de nascimento, entre outros. Conforme informa Carolina, a pontuação pode variar a cada vez que a pessoa faz a consulta e não é o único fator levado em consideração pelas empresas na hora de conceder um empréstimo. “Elas podem utilizar informações internas e buscar mais dados. Mas com certeza (o score) ajuda na hora de tomar uma decisão”, diz
No caso de Pernambuco, o fato de 50% da população ter um risco médio de inadimplência é encarado de maneira positiva, já que o percentual de pessoas nessa mesma faixa em todo o Brasil é de 38%. Como o Serasa Score toma como base informações como o Cadastro Positivo (ferramenta na qual o consumidor aponta quais pagamentos estão em dia ou não), é possível que o número de pessoas com baixo risco aumente à medida em que mais dados forem fornecidos ao Serasa.
Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes ou aquelas em que mais da metade da população com CPF ativo está na base de dados do Serasa, Paulista é a que apresenta o maior percentual de pessoas com alto risco de inadimplência: 37%. Na outra ponta, Limoeiro, na Zona da Mata Norte, tem o melhor percentual de bons pagadores: 37%.
“A inadimplência aumentou consideravelmente devido à crise. Além disso, muitas lojas fecharam na cidade, o que impactou no orçamento das famílias”, justifica Luiz Gonzaga, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Paulista. Ele acrescentou que mutirões de renegociação de dívidas estão sendo organizados. Já o presidente da CDL de Limoeiro, João Nicolau, afirma que existe uma tradição na venda por meio de crediário na cidade, e que os consumidores ainda “tem zelo pelo nome e pelo compromisso de pagar em dia”.
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