Economia

#BrasilEmGreve: Comércio do centro fecha, mas shoppings mantêm operações

A paralisação é uma resposta ao pacote de medidas lançadas pelo Governo de Michel Temer, com especial foco na reforma trabalhista, aprovada nesta quinta-feira

Para os comerciários que conseguiram chegar ao local de trabalho e abrir as lojas, o dia é de medo e tensão. Foto: Samuel Calado/Esp.DP

A greve desta sexta-feira ocorre quase 100 anos após a primeira greve geral da história do Brasil, que foi julho de 1917. A paralisação é uma resposta ao pacote de medidas lançadas pelo Governo de Michel Temer, com especial foco na reforma trabalhista, aprovada nesta quinta-feira (27) e da Previdência, que ainda irá para votação na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Entre os pontos mais polêmicos do texto da reforma trabalhista estão a possibilidade de acordos entre patrões e empregados ficarem acima da a lei atual nas questões de jornada de trabalho, criação de bancos de horas, intervalo intrajornada, plano de cargos, salários e funções e a prorrogação de jornalda em ambientes insalubres sem licença prévia. Outro ponto que está causando choque no projeto é a possibilidade do contrato individual de trabalho ser acordado verbalmente em prazo indeterminado, o que permite que o trabalho seja prestado de forma intermitente, ou seja, a contratação de funcionários pode ser realizada sem horário fixo.

Para os comerciários que conseguiram chegar ao local de trabalho e abrir as lojas, o dia é de medo e tensão. No caso de Ketillyn Costa e Verônica Barbosa, funcionárias de uma malharia da Rua Nova, além do receio de não ter transporte para voltar para casa, elas demonstram medo de assaltos e de arrastões durante os protestos marcados para a tarde desta sexta-feira. "Nem dia de domingo fica tão deserto por aqui. Vim de metro, mas iremos fechar mais cedo, às 17h, para conseguir voltar para casa sem problemas", relata Ketillyn. Já Verônica acredita que se tiver confusão, é melhor fechar. "Sabemos que tem sempre uns elementos que se aproveitam dos protestos para roubar", comenta.

Fred Leal, diretor executivo da CDL-Recife, a paralisação vai causar um grande prejuízo uma vez que terá reflexos no fim de semana. Foto: Samuel Calado/Esp.DP

Shoppings

Nos centros de compras de todo o estado, o movimento está sendo considerado normal e todas as lojas estão abertas. É o que garante Ricardo Galdino, diretor executivo da Associação de Lojistas de Shopping de Pernambuco (Aloshop). "Nossos shoppings estão operando normalmente e o fluxo esperado de clientes é o fluxo normal de uma véspera de um feriadão", ressalta.

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