Ao todo, a ANS contabilizou 16.043 mil reclamações, sendo que 87% delas, ou seja, 13.956 mil, foram consideradas procedentes. A medida, segundo a ANS, é preventiva e dura até o próximo período. Além de terem a comercialização suspensa, as empresas podem receber multas de R$ 80 mil a R$ 250 mil.
O objetivo da ANS não é punir os consumidores que já estão nos planos, mas evitar o ingresso de beneficiários nos convênios que não oferecem atendimento satisfatório, explica a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos, Karla Santa Cruz Coelho. "Agimos de forma preventiva e alertamos as operadoras para a urgência de melhorar a assistência prestada. Dessa maneira, preservamos o consumidor que já está nesses planos, que tendem a ter o atendimento normalizado. Com a redução das queixas, as operadoras poderão ter a venda liberada no próximo ciclo, daqui a três meses", explicou.
"A suspensão da comercialização dos planos é necessária sempre que a operadora se mostra ineficiente na prestação de serviços. Quanto mais rápida e eficaz for a fiscalização da ANS, mais seguros estarão os consumidores", avaliou a advogada Claudineia Jonhsson, sócia do escritório ACJ Advogados Associados. Ela questionou, porém, a demora da ANS em aplicar o mesmo rigor à Unimed Rio e à Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas, que tiveram convênios suspensos neste ciclo. "As duas apresentam problemas recorrentes e só agora a ANS decretou a suspensão da comercialização dos planos", disse.