Economia

Financiamento imobiliário atinge 3,2 bilhões em setembro queda de 41,7%

Levantamento considera apenas os negócios realizados com recursos originados na caderneta, sem considerar outras fontes como os recursos do FGTS, por exemplo

Os 31 dias de greve bancária derrubaram as negociações de crédito para a construção e comercialização de imóveis no País em setembro. O volume de financiamentos atingiu R$ 3,2 bilhões em setembro de 2016, o menor resultado mensal registrado neste ano. O montante representa queda de 41,7% em relação a setembro de 2015 e baixa de 21,5% ante agosto de 2016.

Os dados fazem parte de pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O levantamento considera apenas os negócios realizados com recursos originados na caderneta, sem considerar outras fontes como os recursos do FGTS, por exemplo.

Entre janeiro e setembro, os financiamentos imobiliários somaram R$ 33,6 bilhões, montante 45,8% menor que o registrado em igual período do ano passado. No acumulado de 12 meses, foram financiados R$ 47,2 bilhões, retração de 48,6% em relação ao montante apurado nos 12 meses precedentes.

Número de unidades
Em setembro, 12,2 mil imóveis foram financiados nas modalidades de aquisição e construção, o que representa retração de 51,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado e recuo de 32% em relação a agosto deste ano.

Entre janeiro e setembro 2016, foram financiados 148,1 mil imóveis, recuo de 47,3% em relação a igual período de 2015. No acumulado de 12 meses, o crédito imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 208,4 mil imóveis, com redução de 50 2%.

A retração nesse mercado também está relacionada à crise macroeconômica e à escassez de recursos da caderneta de poupança. Em setembro, os saques nas cadernetas superaram os depósitos, com perda líquida de R$ 1,9 bilhão. O resultado, porém, foi mais brando que em agosto (perda de R$ 3,52 bilhões) e em setembro do ano passado (perda de R$ 5,38 bilhões), conforme dados do Banco Central compilados pela Abecip.

Entre janeiro e setembro de 2016, a captação líquida foi negativa em R$ 41,4 bilhões, valor inferior ao de igual período de 2015, quando atingiu R$ 51,1 bilhões). Dessa forma, o saldo da poupança encerrou o mês em R$ 496,7 bilhões.

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