O início da operação dos novos voos pode abrir oportunidades em outra área: transporte de cargas. “Hoje, o transporte de cargas no Nordeste é predominantemente por via terrestre. As novas rotas abrem esta oportunidade.
Com isso, novas empresas do setor podem ser atraídas para o estado. Pernambuco possui muitos polos industriais, o que abre muitas oportunidades de negócios”, afirmou o especialista na área de aviação e professor de pós-graduação de Logística Empresarial da Faculdade dos Guararapes, Adilson Paradella.
Neste ponto, a operação diária com aeronave de maior porte, como o jato A330, de 272 assentos, pode ser mais um atrativo. “A implantação de um hub gera uma redução do custo operacional principalmente com aviões com maior capacidade”, enfatizou Paradella.
De acordo com o especialista, o início da operação também pode ser um passo importante na atração do hub (centro de conexões) da LaTam (fusão das companhias aéreas TAM e Lan). “O Brasil hoje possui centro de conexões em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O aeroporto do Recife será o primeiro a abrigar uma operação do tipo no Nordeste. Então, a partir de agora, passaremos por adequações, certificações e modificações que serão levadas em consideração pela LaTam. Demos um passo à frente”, ressaltou. O hub em questão representa um investimento de R$ 3,9 bilhões. Recife disputa a implantação com Fortaleza e Natal.
As conversas para implantação dos dois projetos tiveram início no ano passado. “Em 2015, o governo de Pernambuco teve a oportunidade de promover muitas ações, mostrando as vantagens comparativas de um estado que planeja, executa e tira do papel os seus projetos econômicos. Este anúncio da empresa Azul demonstra o potencial e a localização estratégica do nosso estado, dentro da região, e a certeza que investir no nosso estado vale a pena. Pernambuco é o hub natural do Nordeste”, disse o governador Paulo Câmara. No caso da Latam, o anúncio da cidade escolhida para receber o projeto deve acontecer neste ano.
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