A unidade distribuirá para as concessionárias do Nordeste os veículos nacionais Corolla e Etios (que são produzidos no interior de São Paulo), e Hilux e SW4 (fabricados na Argentina). “Queremos atingir já no primeiro ano a capacidade total do centro. Ao chegar em Suape, os veículos vindos da Argentina passarão por uma pequena linha de montagem para que sejam adicionados itens de nacionalização como etiquetas, manuais. Em seguida, seguirão para todas as concessionárias do Nordeste”, afirmou o presidente da Toyota do Brasil, Koji Kondo.
Segundo o executivo, o investimento em Pernambuco pode ser justificado pelos números da marca no estado e na região Nordeste, que hoje responde por 20% das vendas no Brasil. De janeiro a outubro deste ano, foram 30.273 unidades vendidas para a região, atingindo 8,5% de participação, quase três pontos percentuais a mais em comparação ao mesmo período de 2014. “Sabemos da gravidade da crise econômica e investimentos como esse reforçam a força pernambucana. Vamos preparar os pernambucanos para aproveitarem esses investimentos”, ressaltou o governador do estado, Paulo Câmara. Em Pernambuco, no acumulado de 2015, a marca registrou aumento de quase dois pontos percentuais em sua participação de mercado, passando de 5,7% para 7,6%. No período, foram mais de cinco mil unidades vendidas, representando 3,4% das vendas totais da Toyota no Brasil.
A Toyota já conta com CDs nos municípios de Guaíba (RS) e Vitória (ES). Além disso, a marca possui um centro de distribuição de peças em Votorantim (SP). As operações industriais estão instaladas nas cidades de Indaiatuba (SP), Sorocaba (SP) e São Bernardo do Campo (SP). “Hoje nossas energias estão muito concentradas nas fábricas já existentes. Por enquanto, o volume não justifica uma nova fábrica. A capacidade instalada é suficiente para atender a demanda brasileira”, explicou o presidente da marca ao ser questionado sobre o investimento em uma nova planta no Nordeste.
O CD pernambucano está instalado no mesmo terreno da Shineray, montadora chinesa. “Eles optaram por alugar uma parte da área hoje ocupada pela Shineray, cujo terreno é próprio. É uma operação que foi aprovada pela diretoria do complexo, já que o tipo de serviço não destoa do plano diretor”, detalhou o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Thiago Norões.
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