As atividades da Mercedes-Benz no ABC Paulista foram paralisadas até o dia 21 de agosto a partir desta sexta-feira. A fábrica, que produz caminhões, ônibus e chassis em São Bernardo do Campo, colocou sete mil funcionários de licença remunerada (lay-off).
[SAIBAMAIS]
Não é a primeira vez que a crise atinge a unidade em 2015. No mês de janeiro, foram demitidos 160 funcionários, além de mais 500 em maio. Há previsão de mais cortes no quadro funcional, sendo que, de acordo com a empresa, existe um excedente de dois mil empregados, 250 dos quais já estão em lay-off.
O argumento da Mercedes é de que a empresa precisa se adequar à crise econômica e à queda no mercado. Ao total, são 10 mil empregados na unidade de São Bernardo do Campo. Existe um estudo de ajuste por parte da fábrica no quadro de pessoal de colaboradores horistas e mensalistas, de acordo com nota enviada pela assessoria, assim como está em aberto um Plano de Demissão Voluntária (PDV) até a próxima sexta-feira.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC admite a possibilidade de greve caso a Mercedes promova novas demissões. De acordo com o Sindicato, o clima dentro da unidade é tenso, comprometendo a saúde dos empregados.