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RECIFE

Fundaj celebra Dia do Baobá com programação virtual

Publicado em: 17/06/2021 16:14

 (Foto: Inaldo Menezes/Divulgação)
Foto: Inaldo Menezes/Divulgação

Neste sábado (19), a Fundação Joaquim Nabuco vai celebrar o Dia do Baobá com uma programação transmitida pelo YouTube da Fundaj, a partir das 9h. Após o plantio de uma muda de baobá no jardim do campus da instituição em Casa Forte, o público poderá acompanhar o lançamento da exposição fotográfica Pernambuco, jardins de baobás e assistir a um vídeo do Educativo do Engenho Massangana que ressalta como a arvore está ligada à ancestralidade e construção de identidade do Nordeste.

"O baobá tem uma representatividade muito importante para a nossa história", destaca Antônio Campos, presidente da Fundaj. "Ele é um símbolo de resistência do povo negro no Brasil e conservação da ancestralidade. A árvore mãe da África faz parte da nossa identidade e, por isso, deve ser celebrada e, principalmente, preservada".

Em algumas regiões do território africano, o baobá é conhecido como a árvore mãe porque possui elementos úteis para a sobrevivência do ser humano. Suas folhas são nutritivas e, por isso, utilizadas para fazer saladas e sopas, os seus troncos conseguem armazenar litros de água e o pó originado das folhas secas e trituradas é fonte para medicamentos que podem combater anemia, raquitismo, diarréia, reumatismo e asma.

De acordo com uma antiga lenda africana, se um morto for sepultado dentro de um baobá, sua alma irá viver enquanto a planta existir, o que pode durar até seis mil anos. Outra mitologia conta, ainda que se uma pessoa der nove voltas de costas no baobá, é possível esquecer todo o passado. No Recife, ainda existem alguns baobás que sobreviveram ao desmatamento e degradação ambiental, mas a árvore ainda não é vista como símbolo de conservação e história.

"Uma nova forma de racismo parece estar em andamento, impune entre nós. Há cerca de um ano derrubaram, com o uso de uma serra elétrica, um dos raros baobás do Rio de Janeiro, em Niterói", lamenta o chefe de gabinete da Fundaj, Marcus Prado, e comenta sobre a importância de se preservar a memória que a árvore representa.
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