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Slam BR confirma edição on-line com participação de antigos campeões

Publicado em: 22/02/2021 17:05

 (Foto: Léo Aguiar/Divulgação, Bell Puã/Divulgação e Ma%u0301rio Miranda Filho/Divulgação)
Foto: Léo Aguiar/Divulgação, Bell Puã/Divulgação e Ma%u0301rio Miranda Filho/Divulgação

O Campeonato Brasileiro de Poesia Falada - Slam BR realizará uma edição especial on-line neste ano, entre os dias 4 a 7 de março. Apresentado pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, o Slam BR acontece todo final de ano e reúne os campeões e campeãs estaduais em uma grande competição nacional. Neste ano, será realizada uma edição da qual participam os campeões e campeãs das seis edições do SLAM BR, além de campeões do SLAM SP e ZAP! Slam. As apresentações serão exibidas nas páginas do YouTube e do Facebook do SLAM BR. Também serão realizadas mesas de debate, exibições de filmes, oficinas e uma masterclass com o escritor pernambucano Marcelino Freire.

"Como se trata de campeões e campeãs, pode-se esperar performances com um nível muito alto, pois os participantes têm muita experiência no slam, estilos muito próprios e personalidades fortes. Muitos deles, para além do slam, são cantores, rappers, atrizes e atores", antecipa diz Roberta Estrela D'Alva, diretora, idealizadora e apresentadora do projeto. O Slam chegou ao Brasil pelas mãos de Roberta e foi encampado pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Reúne poetas da cena nacional dos Poetry Slams, batalhas de poesia falada surgidas na década de 1980 nos EUA celebradas em milhares de comunidades ao redor mundo e que hoje se estabeleceram como uma das mais democráticas formas de expressão popular, conquistando cada vez mais adeptos e espectadores.

Espalhando poesia
Assim como nos saraus mais tradicionais, a ideia do formato poetry slam é democratizar a poesia. Como temas, as batalhas trazem coisas do cotidiano, como a homofobia, o racismo, o machismo, preconceito, a violência, entre outros temas. As chaves da competição acontecem nos dias 5 e 6 de março, sexta-feira e sábado, às 19h, e serão transmitidas via Zoom. A grande final acontece no dia 7 de março às 19h. O público vai poder interagir via chat, e os comentários vão pro ar durante a exibição. SLAM BR Especial Online com a participação dos campeões e campeãs das edições do festival SLAM BR 2014 a 2020: João Paiva (MG), Lucas Afonso (SP), Luz Ribeiro (SP), Bel Puã (Recife), Pieta Poeta (MG), Kimani(SP) e Jessica Campos (SP), mais os ganhadores do Slam SP e do ZAP! que representaram o Brasil na França : Emerson Alcalde, Lews Barbosa e Fabio Boca, respectivamente. As batalhas acontecem durante três dias - sexta e sábado acontecem as semifinais e, no domingo, seis artistas se enfrentam na final.

Ações formativas
Além das apresentações, o SLAM BR vai oferecer três atividades abertas ao público e gratuitas (e terão acessibilidade em libras), transmitidas nas redes do Núcleo Bartholomeu. Na quinta, dia 4 de março, às 20h, haverá uma abertura com a participação especial de lideranças do slam no Brasil. Às 21h o escritor pernambucano Marcelino Freire falará um pouco de sua trajetória, dando dicas de escrita, a exemplo de como enxugar um texto, trabalhar a linguagem, dar vida a um personagem, desenvolver uma ideia, organizar um livro, não importando o gênero literário. No sábado, 6 de março, às 16h30, o poeta trans Tom Grito faz a curadoria e media uma conversa com representantes sobre os caminhos do slam dentro da comunidade LGBTQIA+, inclusive com discussões sobre o “abrasileiramento” do termo “Queer”, que vem sendo utilizado no slam como "cuír".

Antes da final, no domingo, 7 de março, às 16h30, será exibido o filme Slam: Voz de Levante, que retrata diversas cenas dos poetry slams pelo mundo Chicago, NY, Paris, Rio e São Paulo. A exibição será seguida por um debate com as diretoras Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva. Estão programadas também quatro oficinas com os participantes: na quinta, Slam e Performance, com Roberta Estrela D’Alva; na sexta, Slam e escrita, com Claudia Schapira; no sábado, Slam e expressão corporal, com Luaa Gabanini; e no domingo, Contextos sociais e políticos do poetry slam, com Eugênio Lima.

PROGRAMAÇÃO


4 de março

Oficina I - Slam e Performance, com Roberta Estrela D’Alva
Essa oficina trará aos/às participantes noções básicas sobre o poetry slam tendo a performance poética como foco, em seus aspectos narrativos e teatrais, trazendo-os à prática por meio de exercícios de percepção exploram a relação do texto escrito com a fala e à postura cênica do corpo. Das 14h às 16h.

Noite de abertura Masterclass, com o escritor Marcelino Freire Live de abertura onde os/as poetas serão “recebidos”, e será feita a apresentação da programação. Na sequência o escritor Marcelino Freire faz sua masterclass, uma performance que mistura aula e show, onde a partir de seu último livro “Bagageiro” traz de maneira bem humorada dicas para a nova geração de poetas. Das 20h às 22h.

5 de março
Oficina II - Slam e escrita
, com Claudia Schapira
As etapas da criação do texto, partindo de sua relação com o depoimento pessoal e as histórias de vida de quem escreve. A partir de exercícios narrativos, noções de dramaturgia e “poemas de ação cênica” para colaborar na construção da palavra com foco na performance poética que se dá em um slam. Das 14h às 16h.

Eliminatória 1 [chave com 5 poetas] – Slam BR Especial On-line Chave 1 - com cinco poetas vencedores de anos ímpares: Fabio Boca, Emersom Alcalde, Lucas Afonso, Bell Puã, Kimani. Das 19h às 21h.

6 de março
Oficina III – Slam e expressão corporal
, com Luaa Gabanini
Serão trazidas algumas noções básicas de expressão corporal a partir de exercícios cênicos, em busca de ampliar o repertório dos/das participantes. A composição de narrativas corporais que se dão dentro da performance poética em um slam será o foco desta oficina. Das 14h às 16h.

Debate 1 - Slam Cuir, com Tom grito (RJ) 3 poetas convidades (Kuma França, Kika Sena e Abigail Campos Leal)
Tom Grito conduz a mediação de um papo transcentrado sobre os atravessamentos da teoria cuír (abrasileiramento do termo "queer") sobre corpas trans de poetas da cena do slam. Quais as urgências desta população? O espaço do slam é seguro para corpas em transição? Como a poesia afeta e cuida? Participam desta mesa Kika Sena, Kuma França que são poetas que transicionaram nos espaços do slam e Abigail Campos Leal que é uma das fundadoras do único slam transcentrado do Brasil, o slam Marginália (SP). Das 16h30 às 18h30.

Eliminatória 2 [chave com 5 poetas] – Slam BR Especial On-line Chave 2 - com cinco poetas vencedores de anos pares: Lews Barbosa, João Paiva, Luz Ribeiro, Piê, Jéssica Campos. Das 19h às 21h.

7 de março
Oficina IV – Contextos sociais e políticos do poetry slam
, com Eugênio Lima
Serão analisadas as implicações dos poetry slams em seus aspectos político-poéticos no Brasil, desde seu surgimento em 2008, seu estabelecimento nos espaços públicos até sua progressão pelas periferias do Brasil, e os grupos sociais que fizeram desses espaços locais de resistência e existência. Das 14h às 16h.

Exibição do filme Slam: Voz de Levante Debate com as diretoras Exibição do filme Slam: Voz de Levante (2017, 81min) com direção e roteiro de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva.
Sinopse: Em Chicago, NY, Paris, Rio e São Paulo, a mesma cena com diferentes faces: os poetry slams, batalhas poéticas performáticas, se firmam como encontros que instigam a criatividade e o convívio entre diferentes e surgem diante da onda política conservadora mundial como ágoras do livre pensamento e expressão. No Brasil, a poeta Luz Ribeiro vence o campeonato nacional e vai para a Copa do Mundo de Poetry Slam em Paris, representando a nova vertente negra e feminista que tem se firmado pela virulência de seu verbo politizado. Das 16h30 às 18h30.

Final [chave com 6 poetes] – Slam BR Especial On-line
Às 19h.
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