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| O projeto contempla adolescentes em internação pela prática de atos infracionais de Arcoverde (Foto: Divulgação) |
Para ampliar o acesso à leitura, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) firmou parceria com a Tribunal de Justiça de Pernambuco e criou uma sala de leitura para adolescentes em internação pela prática de atos infracionais. Intitulado Clube Castelar, projeto disponibiliza mais de 200 obras, entre livros paradidáticos e grandes obras da literatura nacional, em espaço dentro de unidade socioeducativa em Arcoverde, no Sertão pernambucano. A sala começou a funcionar nesta semana.
As novas instalações funcionam dentro do Case/Cenip Arcoverde, unidade da Funase que atende 23 adolescentes em internação e internação provisória. Além de ter contato com os livros na sala, os socioeducandos também podem levar as obras para leitura em seus alojamentos por períodos determinados. A ideia é também estimular a produção de textos sobre temáticas abordadas nas publicações, como racismo, liberdade e direitos humanos. O desempenho dos internos no projeto será acompanhado pelo judiciário e considerado em relatórios produzidos para audiências de reavaliação das medidas socioeducativas cumpridas pelos adolescentes.
"Quando você termina de ler um livro, nunca mais é a mesma pessoa. A leitura muda mentalidades, percepções, e essa é nossa expectativa sobre o projeto que passa a ser realizado aqui”, afirmou o juiz Drauternani Pantaleão, da Vara Regional da Infância e Juventude de Arcoverde, que esteve presente no ato de abertura do novo espaço, realizado na quarta-feira (17). “Em nossas unidades, temos visto as equipes se esforçarem para construir ideias criativas como esta. Quem lê vivencia experiências e reflexões propostas em cada obra. A leitura é um instrumento de mudança”, completou a presidente da Funase, Nadja Alencar.
A sala de leitura também passa a funcionar como um espaço de oficinas culturais, artísticas e profissionalizantes. O projeto foi formatado pela pedagoga Jedivam Conceição, com apoio da gestão da unidade e da assistente social Macileine Aguiar, também integrante da equipe do Case/Cenip Arcoverde. “Os temas foram pensados em conjunto com os adolescentes, funcionários da instituição e pessoas da sociedade. Estamos felizes com o resultado e por oferecer uma chance diferenciada para eles, com uma equipe preparada para fazer esse acompanhamento”, finalizou a coordenadora geral do Case/Cenip Arcoverde, Paula Cibele.
