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CRÍTICA

"Quem se cala perante o fascismo é fascista", diz Felipe Neto a influenciadores

Publicado em: 09/05/2020 16:26

 (Foto: Reprodução/Twitter)
Foto: Reprodução/Twitter
O influenciador digital Felipe Neto publicou em sua conta no Twitter uma vídeo-carta aberta direcionada a todos os artistas e influenciadores do Brasil. Com teor crítico aos influenciadores digitais que não se manifestam politicamente, Neto declara: “Acabou a passada de pano. Influenciador que não se manifesta agora é cúmplice”.
 
O vídeo de pouco mais de dois minutos consiste em um recado aos digitais influencers que optam por ficar isentos em relação aos comportamentos e medidas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Felipe Neto afirma que entendeu quando esse público escolheu ficar em silêncio na época das eleições, “quando era PT contra Bolsonaro”. “Ninguém é obrigado a se manifestar politicamente”, disse.

Instantes depois, começa a enumerar os escândalos associados ao presidente, como o caso Queirós, Caixa 2, fake news e investigações da Polícia Federal envolvendo a família Bolsonaro. "E o pessoal foi ficando calado. Cantores, artistas, grandes youtubers, grandes instagramers… Calados”, conta. E em seguida dispara: “Só que aí acabou a tolerância."
 
Para Neto, o momento que contribuiu significativamente para que ele perdesse a paciência foi quando “Bolsonaro Bolsonaro começou a ameaçar o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso Nacional". E acrescentou: "No momento que ele vai numa manifestação que pede o fechamento do STF e Congresso Nacional, que pede o AI-5 e grita no palanque, acabou a passada de pano."
 
Indignado, Neto diz que acabou sua tolerância e que deu “unfollow em todo mundo que ficou calado esse tempo todo”. "Pra mim é uma cambada de covarde que tá mais preocupada com a quantidade de seguidores e dinheiro que ganha do que com o futuro da sua pátria, nação e da sua própria liberdade”, complementou.
 
“Acho que vocês sabem quem são esses influenciadores que ficam em cima do muro, que preferem a isenção a correr o risco de perder seguidores, a se posicionar contra o lunático no poder e perder a admiração daqueles 30% da população brasileira continua fiel a essa insanidade”, comenta. E afirma, ainda, que prefere se cercar dos outros 70% que se calar para manter 100% do seu público.
 
“Isso é muito mais digno e menos covarde. Como influenciador, uma pessoa com grande alcance, é minha função lutar pela liberdade de expressão, pelo estado laico. Quem se cala, nesse momento, perante o fascismo, se torna fascista", finaliza.

Confira o vídeo:


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