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Juliano Holanda lança Eu, Cata-Vento, single que marca retorno solo

Publicado em: 29/05/2020 14:34

 (Foto: Tiago Calanzans/Divulgação)
Foto: Tiago Calanzans/Divulgação
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Desde o último disco solo, Espaço-tempo (2016), Juliano Holanda tem circulado e trabalhado com nomes de destaque da música brasileira, como Zélia Duncan e Elba Ramalho, na produção de discos e shows. Agora, o cantor, compositor e multi-instrumentista pernambucano volta seu olhar ao trabalho solo, que já vinha sendo gestado no meio disso tudo, e começa a promovê-lo com a canção Eu, cata-vento, disponível a partir desta sexta-feira (29) nas plataformas de streaming. Para ouvir, clique aqui.

A canção, de sua autoria, é o primeiro single do álbum Sobre a futilidade das coisas, o quarto da carreira, com previsão de lançamento para o segundo semestre. Eu, catavento tem participação especial do guitarrista Paulo Rafael, da banda Ave Sangria. No trabalho de Juliano Holanda como produtor musical, foram mais de 50 discos nos últimos anos, entre eles de Ave Sangria, Bongar, Almério, Martins, Isadora Melo e Lucas Torres.

Já como compositor, foram cerca de 500 canções, sendo 200 gravadas por outros artistas. “Toda construção da minha carreira foi pensar em parceria. Mesmo no disco solo, sempre estive rodeado de pessoas que considero essenciais para o trabalho. Existia a necessidade do meu nome como assinatura de um projeto, algo que voltei a sentir recentemente. Mas sempre gostei desse compartilhamento”, explica. “Esses últimos quatro anos foram importantes porque amadureci muito. Principalmente isso de me encontrar com as pessoas, firmar parceria e gravar discos de artistas. Assim também pude exercitar minhas ideias também. Não foi um hiato da carreira solo, foi um preenchimento de coisas que eu tava precisando”, comenta.

Esse acúmulo de experiências e vozes aparece de cara na primeira canção escolhida para promover o disco. “Chamei Paulinho para tocar guitarra ou viola. Ele é uma referência muito forte pra mim como músico e ser humano, justamente por não ser um cara egocêntrico ou de difícil acesso. A gente já se conhecia há um tempo, e o Ave Sangria aprofundou a relação. Quando trabalhei com a banda, no disco Vendavais, ele me disse: ‘Vâmo fazer alguma coisa eu e tu!’”, relembra Juliano.

 (Foto: Tiago Calanzans/Divulgação)
Foto: Tiago Calanzans/Divulgação

A canção se encaixa como uma peça no universo do Sobre a futilidade das coisas. A música selecionada para abrir o disco se chama Rocinante, nome do cavalo de Dom Quixote, um pangaré que se imagina alazão. No álbum, entra como uma das metáforas da sociedade, assim como as demais faixas, que exploram questões como relações afetivas e a rela- ção com os objetos. “A faixa Eu, cata-vento surgiu de um processo de identificação com o objeto cata-vento, que precisa do vento para girar, mas ao mesmo tempo ele empurra o vento e chega um ponto que você não sabe mais quem movimenta quem. Isso se mistura nessa coisa contínua do violão, além de pensar a música como esse objeto em movimento.

"O resultado é uma canção melódica, de tamanha potência poética, evocando imagens “áreas” e com uma sonoridade de movimento em constância. O disco, gravado no estúdio Muzak, no Recife, está na fase final de produção. O quarto trabalho solo do músico - que já lançou A arte de ser invisível (2013), Pra saber ser nuvem de cimento quando o céu for de concreto (2013) e Espaço-tempo (2016) - provavelmente será modificado pelas dinâmicas da quarentena. Inicialmente teria um ou dois singles, mas o músico conta que vai elaborar uma estratégia de lançamento pensando mês a mês, sentindo um pouco as respostas do público.

“Eu gostaria de lançar todas faixas e acho que vai ser isso”, comenta, antes de falar sobre a experiência acumulada nos últimos quatro anos. “A ideia é de que você vai acumulando bagagem, o copo vai enchendo, as camadas vão se sobrepondo e chega uma hora que o negócio tem que brotar. Eu me sinto um pouco assim. Quando componho, eu faço sem amarras, mas faço para um tipo de artista específico: se Elba pede uma música, eu vou pensar na voz dela. Mas em algum momento eu penso em mim mesmo. Aí é quando o produtor, o compositor e o artista vão aparecendo”, explica.

Ouça o single Eu, Cata-Vento:

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