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RODA VIVA

Felipe Neto admite erros e diz que debate é sobre liberdade, não sobre política

Por: FolhaPress

Publicado em: 19/05/2020 08:48 | Atualizado em: 19/05/2020 11:53

 (Foto: Reprodução/Youtube)
Foto: Reprodução/Youtube
O empresário e influenciador Felipe Neto, 32, foi o convidado do programa Roda Vida (Cultura), na noite desta segunda-feira (18), e voltou a defender que influenciadores de modo geral se posicionem sobre o momento em que o Brasil se encontra. Segundo ele, é uma questão de liberdade, não de política. "Quando a gente lida com a opressão que a gente está lidando hoje não é mais uma questão de lado", afirmou. "A minha cobrança aos outros influenciadores teve como gatilho o momento em que [Jair] Bolsonaro começa a opressão de fato, sob vários aspectos. É um absurdo que alguém ainda se cale diante de tudo."
 
Questionado, Felipe Neto ainda afirmou que a cobrança incisiva por um posicionamento político não seria certo, mas em relação à opressão, sim. Ele afirma que não há lado a ser tomado, bastaria um mínimo de informação. "O silêncio já não é mais uma opção", afirmou ele. Sobre o governo Bolsonaro, Felipe afirmou que ele "vive da promoção do caos, do desespero e do medo". Segundo o influenciador, o presidente se comunica para 30% da sua base apoiadora, que é questionável. Uma parcela, "que tem carência de uma educação básica, que se identifica com o Bolsonaro".
 
Sobre uma futura eleição, ele afirma que voltaria em qualquer outro candidato, que não fosse o atual presidente, e nega que tenha qualquer pretensão política. "Não me imagino virando político. Não tenho qualquer projeto político em mente no momento". Entre alguns questionamentos sobre posicionamento passados, Felipe Neto recordou posts homofóbicos e críticas que fez, admitindo que errou em muitos desses casos. Ele afirmou que passou "os últimos três, quatro anos amadurecendo e estudando" e que continuar tentando evoluir e melhorar.
 
Sobre quais são suas fontes de informação, ele afirma que pouco consegue absorver do feedback dos seguidores, mas se baseia principalmente na imprensa: "Precisamos valorizar o trabalho dos veículos de comunicação. É inacreditável ter que falar isso. Só a imprensa pode deixar a democracia continuar".

CPMI das Fake News
Felipe Neto disse que é difícil imaginar um cenário em que as ameaças de morte sofrida por ele e por sua mãe não tenham relação com o gabinete do ódio, esquema supostamente mantido pelo Palácio do Planalto para atacar desafetos políticos, sobretudo em redes sociais.
"Está na polícia, mas é difícil que eles consigam chegar à raiz do problema", disse "Eu recebi ameaça de morte, minha mãe recebeu ameaça de morte por minha causa. A gente teve que tirar minha mãe do Brasil."

Ao ser questionado pela jornalista Rachel Sheherazade, o youtuber disse que acredita que a CPMI das Fake News deve chegar a Bolsonaro "se realmente deixarem a Polícia Federal trabalhar". "Eu acho que esse é o grande pânico estabelecido dentro da família Bolsonaro neste momento."

O youtuber negou que tenha pretensões de ocupar algum cargo público e que tenha conversado com partidos políticos. "Eu não me imagino político. Se algum dia isso voltar para me morder nos glúteos, pode acontecer. Mas eu não tenho qualquer projeto de poder, de política. Eu não tenho nem idade para ser candidato [ao governo do Rio de Janeiro] em 2022", disse.

Ele também disse não ter nenhuma identificação com algum partido específico e que prefere ser chamado de "isentão" do que cair em contradição futuramente. Também não se posicionaria a favor de algum candidato específico -salvo no caso de haver um segundo turno de Bolsonaro com qualquer outro candidato. "Outro candidato", respondeu à indagação da jornalista Vera Magalhães sobre esse cenário hipotético.

Assista ao programa:

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