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Cientistas criam teste que identifica doença de Lyme em cavalos

Publicado em: 17/08/2022 14:00

 (crédito: NOEL CELIS/AFP)
crédito: NOEL CELIS/AFP
O professor Steven Schutzer, da universidade Rutgers, em Nova Jersey, criou um teste de DNA ultrassensível capaz de identificar a doença neurológica de Lyme em uma égua sueca de 11 anos. A expectativa é a de que o teste também possa ser aplicado em humanos e cães. "O método é como ter um 'anzol' especial e específico que só pega o DNA da Borrelia (bactéria causadora da doença) e não o DNA de outros micróbios, nem o DNA do hospedeiro (animal ou humano)", disse o pesquisador.

A equipe da Escola de Medicina Veterinária da Universidade de Cornell já suspeitava da doença de Lyme na égua. Os sintomas costumam ser febre, letargia, rigidez muscular, abortamento, encefalite, entre outros. No entanto, o teste PCR padrão não detectou o agente causador da doença. "A detecção de DNA da doença é um teste direto, o que significa que sabemos que você tem doença ativa se estiver circulando no sangue ou no líquido espinhal”, explicou o professor de medicina e autor da descoberta.

Assim como a maioria das doenças, a detecção precoce de Lyme é fundamental. "O diagnóstico precoce leva ao tratamento imediato. E, naturalmente, isso dá a melhor chance de cura", disse Schutzer. Se não for tratada, a infecção pode atingir o sistema nervoso, as articulações e o coração.

De acordo com Thomas Divers, veterinário e um dos colaboradores do estudo, o teste de DNA para a identificação da doença de Lyme é promissor. "O diagnóstico de neuroborreliose de Lyme (doença neurológica de Lyme) em cavalos raramente é confirmado ante-mortem e tem frustrado os veterinários há anos. "Esta é uma técnica muito promissora. O tratamento administrado neste caso resultou na recuperação atlética completa do cavalo."

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, cerca de 476 mil casos da doença são relatados em humanos anualmente, sendo o carrapato de patas pretas o principal vetor. O estudo foi publicado no periódico Journal of Veterinary Diagnostic Investigation.

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