PANDEMIA

Pnad Covid: 9,7 mi de pessoas não seguiram nenhuma medida de restrição em outubro

Publicado em: 01/12/2020 20:53

 (Inauguração da nova loja da rede varejista Havan, em Belém, no dia 10 de outubro de 2020. Foto: Reprodução/ Internet)
Inauguração da nova loja da rede varejista Havan, em Belém, no dia 10 de outubro de 2020. Foto: Reprodução/ Internet
O aumento da flexibilização do distanciamento social visto pela movimentação de pessoas nas grandes metrópoles pode ser comprovado pelos dados da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (1º/12). O número de cidadãos que não tomou nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus aumentou 3,3 milhões em um mês. E em outubro chegou a 9,7 milhões de pessoas, ou seja, 4,6% dos 211,5 milhões de residentes no país.

A maioria dos brasileiros, ou seja, 93,8 milhões, afirmou que reduziu o contato com outras pessoas, mas continua saindo de casa e recebe visitas. Esse número também aumentou de setembro para outubro.

Na contramão, o grupo de pessoas que aderiu o isolamento social mais rigoroso caiu. Cerca de 8,2 milhões de pessoas deixaram de seguir esse tipo de isolamento na comparação de setembro para outubro. De um mês para o outro também houve redução no grupo que ficou em casa e só saiu em caso de necessidade. Em outubro, 80,7 milhões de pessoas aderiram a essa postura, 4,6 milhões a menos do que em setembro.

Para os infectologistas, a postura da sociedade diante das medidas de proteção é a principal responsável pela segunda onda de covid-19 e o aumento de casos vistos nas últimas semanas epidemiológicas. Ao comparar a última semana encerrada (48ª) com a anterior (47ª), houve aumento de 33.659 casos confirmados, ou seja, um acréscimo de 16,5%. Além disso, os óbitos pela covid-19 também sofreram acréscimo de 7,2% entre uma semana e outra.

Testes
A edição de outubro da PNAD Covid-19 ainda constatou que o número de pessoas que realizaram algum teste para o diagnóstico da covid-19 subiu para 25,7 milhões em outubro, ou seja, 12,1% da população brasileira. Em setembro, esse número foi de 21,9 milhões de pessoas.Depois de realizar o exame, 22,4% das pessoas receberam o diagnóstico positivo, ou seja, 5,7 milhões de brasileiros.

Ao observar o nível de escolaridade, é possível notar que quanto maior o nível, maior é o percentual de pessoas que testaram para a covid-19. Aqueles com superior completo ou pós-graduação representam 25% das pessoas que testaram em outubro, já as pessoas sem instrução ou fundamental incompleto representam apenas 6,6% dos testes.

Em relação aos testes por grupos de idades, as pessoas de 30 a 59 anos foram as que mais testaram em outubro.
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