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Sobreviventes sobre acidente no Paraná: 'Pessoas voando' e 'gemendo de dor'


Lima é um dos oitos feridos que não precisou ser encaminhado ao hospital. “Eu não consigo acreditar até agora. A hora que eu desci, como eu não enxergava nada, eu só via gente gemendo de dor e pedindo socorro e eu não sabia o que tinha acontecido. Quando baixou um pouco a neblina, que eu vi a tragédia, é triste porque são muitas vidas. Eu não tenho nem palavras”, contou o sobrevivente.

A neblina citada por ele foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que também constatou que uma fumaça causada por uma queimada na região também gerou dificuldade de visibilidade e causou o engavetamento no final da noite desse domingo (2).

O administrador Ricardo Xavier, que também se envolveu no engavetamento, disse à emissora que escapou por muito pouco. "Eu consegui parar o veículo. Já havia alguns veículos batidos ali na frente. Quando eu parei, os veículos vieram batendo atrás do meu [carro]", relata.

"E eu e consegui ainda, com alguma habilidade, e com calma no momento, consegui jogar [o carro] pro canto esquerdo da via. E eu consegui sair... Quando eu tava saindo para o outro canto para tentar sair da via, veio a carreta e passou e foi levando tudo as vidas do pessoal e batendo nos carros", prossegue.


O acidente
Segundo a corporação, a dificuldade de visibilidade fez com que alguns veículos se envolvessem em uma colisão e, por isso, ficaram parados sobre a via. Com isso, alguns ocupantes deixaram os veículos e permaneceram na rodovia.

Em seguida, uma carreta não conseguiu frear, colidiu com os carros parados na rodovia e atropelou as pessoas que estavam no local. Depois disso, os outros automóveis envolvidos também colidiram atrás.

O engavetamento envolveu 16 carros, cinco motocicletas e o caminhão. No local do acidente, foram registradas 34 vítimas, sendo sete fatais, dois gravíssimas (uma morreu no hospital), cinco graves e 20 vítimas leves. 

Além da PRF, participaram do atendimento do acidente equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da concessionária Ecovia, que administra a rodovia. A Polícia Civil também foi até o local, tomou o depoimento do motorista do caminhão e conduzirá as investigações.

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