HOMICÍDIO

Perícia descarta hipótese de tiro acidental na morte de adolescente em Cuiabá

Publicado em: 11/08/2020 19:02

Adolescente foi morta em condomínio de luxo em Cuiabá (Foto: Arquivo Pessoal)
Adolescente foi morta em condomínio de luxo em Cuiabá (Foto: Arquivo Pessoal)
De acordo com o laudo de balística da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o tiro que matou a adolescente Isabele Ramos no dia 12 de julho, em um condomínio de luxo de Cuiabá (MT), não foi disparado acidentalmente. O resultado dos testes contraria a versão dada pela outra adolescente envolvida no caso, que afirmou à polícia ter disparado acidentalmente contra a vítima. 

A arma de fogo, segundo análise de Politec, não é capaz de produzir tiro acidental. Para realizar os diparos, a arma  precisa estar carregada (cartucho de munição inserido na câmara de carregamento do cano), engatilhada, destravada e mediante o acionamento do gatilho.

No entanto, ainda de acordo com a balística forense, há distinção entre os conceitos de tiro acidental e de tiro involuntário. O primeiro é provocado sem o acionamento regular do mecanismo de disparo. Já o segundo, pressupõe-se que o atirador ative o mecanismo de disparo, ainda que essa ação seja não intencional. 

Para os testes, a perícia simulou situações capazes de produzir tiro acidental, conforme o depoimento da adolescente: foi inserido cartucho sem projétil e sem pólvora (somente estojo e espoleta) na câmara de carregamento do cano; a arma AFQ1 foi balançada ao ar livre, em diferentes posições, e foi impactada moderadamente contra superfície emborrachada.

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