AMAZONAS

Família diz que relação entre neto que desenterrou avó era de 'amor e cumplicidade'

Publicado em: 03/07/2020 18:51

 (Foto: arquivo pessoal)
Foto: arquivo pessoal
André Augusto Januário da Silva tem 35 anos e foi criado pela avó desde que nasceu. Os dois construíram uma relação baseada em amor e cumplicidade, que teve um fim apenas quando a idosa faleceu em 2018, aos 82 anos.  

Diagnosticado com esquizofrenia aos 17 anos, André foi detido em Manaus, na madrugada dessa quinta-feira (2), após desenterrar o corpo da avó do cemitério São Francisco, na Zona Sul da capital amazonense. 

Ele foi encontrado a cerca de 1km do cemitério, no Beco dos Pretos, centro da Manaus, dançando abraçado ao cadáver. Segundo a polícia, o homem dizia que queria fazer na avó um transplante de órgãos para trazê-la de volta à vida porque sentia muita saudade. 

A mãe de André conta que o filho nunca aceitou a morte da avó, facelida após lutar por três meses contra um câncer. "Ele sempre ficou ao lado da avó. Quando ela estava viva, ele dizia que nunca deixaria ela ir embora. Quando ela se foi, ele dizia que ia buscá-la. Se já é difícil para nós entendermos a partida, imagine para uma pessoa com transtorno mental. É um amor que só Deus sabe explicar", disse a pedagoga Damiana Januário da Silva, 55, em entrevista ao G1.

Damiana conta que o André conseguiu "vencer na vida" e se tornar "uma pessoa melhor" graças aos cuidados da avó. "Meu filho conseguiu ser uma boa pessoa com a ajuda da minha mãe. E ele sempre foi muito grato. Ela era tudo para ele. Ele trabalhou na gerência de um hotel e também em empresas do Distrito. As pessoas não entendem e muitas vezes fazem piadas infelizes".

Com informações do G1.





Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL