Suzane von Richtofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, perdeu o semestre na faculdade de gestão de turismo no Instituto Federal de São Paulo (IFSP) após faltar as aulas por dez dias seguidos.
Segundo o regulamento da instituição, são considerados desistentes os aprovados que não fizerem matrícula ou que não participassem dos dez primeiros dias de aulas sem apresentação de justificativa. O prazo foi encerrado na terça-feira (18).
“Serão considerados desistentes os candidatos aprovados em processo seletivo que não efetuarem a matrícula no prazo, bem como os estudantes matriculados que não frequentarem os 10 (dez) primeiros dias úteis de atividades acadêmicas, sem apresentação de justificativa devidamente comprovada e atestada, a ser analisada pela Coordenadoria Sociopedagógica”, diz o artigo 53 da organização didática do Instituto Federal.
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Suzane tentava na Justiça permissão para frequentar as aulas do curso. Ela está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, distante 45km do IFSP. A detenta conseguiu a vaga após prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2019, e passou na oitava posição para o curso utilizando a nota no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Em nota, a IFSP informou que "caso ela seja liberada após os 10 dias úteis, uma justificativa deverá ser analisada, porém, até o momento, não tivemos informações da Justiça sobre o caso". De acordo com o Tribunal de Justiça, o processo corre sob sigilo.
Esta é a terceira vez que Suzane é aprovada no vestibular. Ela também tentou cursar administração na Universidade Anhanguera de Taubaté, em 2016, e na faculdade católica Dehoniana, em 2017, mas não se matriculou por meio de represálias dos colegas.
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